Marco_2008 - page 92

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R E V I S T A D A E S P M –
MARÇO
/
ABRIL
DE
2008
Feira nada,
mídia presencial
que, na verdade, é, entre outras
coisas, oqueopaís é”, exemplifica
Corrêa, que, por atuar no setor de
alimentos e bebidas, briga por isso
para desvincular a imagem desses
empresários ao desmatamento, às
queimadas, aos problemas da cria-
ção de gado, e que colocam esse
mercado como um grande vilão,
semmostrar também as vantagens
e benefícios que ele oferece.
Atuandoemumsetorprimordialpara
omundoeque interferediretamente
em diversos outros – afinal são 6,5
bilhões depessoas queprecisam se
alimentar –, Corrêa afirma que
ainda existem importantes
bolsõesdecrescimentopara
o Brasil hoje, até mesmo
dentro do país. “No Nor-
deste, atualmente, existem
52 milhões de pessoas cujo
PIB vem crescendo entre 3%
e 4% acima do crescimento
nacionalnosúltimosdezanos”,
diz ele. Por conta disso, ele
classificaa regiãocomouma“mini-
china”. “Nosúltimos trêsanos,mais
de 2mil empresas relacionadas ao
ramodealimentos ebebidas indus-
triais, comerciais ou de serviço, se
instalaram noNordeste.”
Apesardocrescimentodomercado,
Corrêaalertaqueograndenegócio
queoBrasil teráde enfrentar será a
questãodeagregarvaloraoproduto
primário. “Terá de deixar de ser
um país simplesmente exportador
de
commodities
para se tornar
exportador de produtos acabados
ao gosto do consumidor”, diz ele.
Comoexemplo, elecitaqueomaior
exportador de café do mundo é a
Alemanha, seguido da Itália e da
Holanda. “Só que não há nenhum
pé de café por lá, enquanto
oBrasil éomaiorexportador
degrãosdecafé, quemanda
para esses países e depois
compra o produto acabado,
com inovação, agregaçãode
valor de marca, com apelo
ao consumo”, justifica. Por
outro lado, Corrêa afirma
quealguns frigoríficos já têm
essa percepção e exportam
produtos, comoocarpaccio.
“OBrasil temumaoportuni-
dademundial muito grande
de começar a agregar valor
aos seusprodutosprimários,
e isso nós também tratamos
nos nossos encontros, nas
nossas mídias presenciais”,
diz ele, acrescentando a
importância de servir como
uma formadeajudar o setor
a descortinar os horizontes
de oportunidades que exis-
temparaosempresáriosbrasileiros,
tantonomercado internoquantono
cenário internacional.
“O Brasil não deveria ser visto como
maior exportador de carne ou de
frango ou porco, mas sim como fonte
degeraçãodeproteínaanimal, que, na
verdade, é, entre outras coisas, o que
o país é”.
“Para se ter uma idéia, nós fazemos
via site até pré-agendamentos de
reuniões de negócios”, diz Corrêa.
SupondoqueumvisitantedaArábia
Sauditaquevai visitar umadasnos-
sas mídias presenciais, como a Fis-
pal Tecnologia, e esteja interessado
em equipamento de refrigeração,
ele pode pré-agendar um encontro
de negócios com os fornecedores
do que ele precisa. “E isso acon-
teceo ano inteiro”, dizCorrêa, que
finaliza: “Eu estou presente na vida
domeuclientedurante todososdias
e tudo vai desembocar no grande
show, que é a feira”.
“Nos últimos três anos, mais de 2mil em-
presas relacionadas ao ramo de alimentos
e bebidas industriais, comerciais ou de
serviço, se instalaram noNordeste.”
Como exemplo, ele cita que o
maior exportador de café do
mundo é a Alemanha, seguido
da Itália e daHolanda.
MIRELATAVARES
Editora da Revista Propaganda
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