Marco_2007 - page 53

Georges
Chetochine
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MARÇO
/
ABRIL
DE
2007 – R E V I S T A D A E S P M
GRACIOSO
– O trabalho da Che-
tochine como empresa – e os seus
livros – tratam de fenômenos que
ocorrem também no Brasil. O Brasil
é um curioso país emergente, onde
convivem dois mundos distintos:
o topo da pirâmide, a classe A/B é
análogo aos mercados mais ricos
onde as teorias avançadas do mar-
keting – segmentação, nicho etc.
– valem perfeitamente; mas é muito
significanteabasedapirâmide,ondeo
problemanãoédesegmentação,mas
de educação de uma classe média
que começa a emergir. Neste pano-
rama já complexo, lidamos ainda
com problemas que nos vêm do
hemisférionorte – enfraquecimento
de
brand loyalty
, agigantamento
do varejo, por exemplo, que estão
criando situações inteiramenteno-
vas. Paralelamente a isso, apropa-
ganda perde força, tornando-se
menos importante como fator de
comunicação, persuasão, criação de
novos hábitos de vida, em favor das
novas arenas de comunicação, entre
elas, naturalmente, o varejo. Hoje, o
varejo,alémdeponto-de-venda,éum
centro de difusão de marca. Como
você se posiciona em relação a esse
fenômeno?
CHETOCHINE
– Você aponta para
duasvisõesdoBrasil:umaricaeoutra
pobre. O Brasil tem 170milhões de
habitantes. FalandodaEuropa, temos
França, Inglaterra, Alemanha, mas
também temos Albânia, Tchecolos-
váquia, Bulgária, Grécia... Mesmo
na França, há pessoas na rua, vindas
desses países, mendigando. Vejo a
EuropanocaminhodoqueoBrasil é
hoje–numasimplesvisãopolíticaou
geográfica.Dopontodevistademar-
SERÁAGERAÇÃODOMARKETINGRESPONSÁVEL
CH
E
T
O
CHINE
“OMARKETINGDEKOTLERNÃO FUNCIONAMAIS.”
Foto: divulgação
1...,43,44,45,46,47,48,49,50,51,52 54,55,56,57,58,59,60,61,62,63,...138
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