Julho_2006 - page 90

à sociedade de consumo, bem como
apontar suas possíveis alternativas
revolucionárias.
Em Kellner temos uma percepção
de que "as formas de espetáculo
evoluem com o tempo e a multi–
plicidade de avanços tecnológicos"
(2006:121). O autor afirma utilizar
uma abordagem investigativa e in–
terpretativa para analisar espetáculos
específicos e contextualizados, como
a associação entre a Nike eodesportis–
ta Michael Jordan, ou a campanha
presidencial em seu país, visando
"elucidar omeio social emque nascem
ecirculam" (idem:14). Mais fundamen–
talmente, enquanto em Debord temos
uma visão homogênea e triunfalista
da sociedade do espetáculo, o autor
americano destaca suas contradições
eambigüidades. Ressaltandoocaráter
instável e imprevisível das políticasdo
espetáculo, Kellner adverte que estas
produções nem sempre conseguem
manipular o público e podem falhar.
Lançando mão das contribuições
teóricasdos EstudosCulturais-notada–
mente as contribuições de Raymond
Williams, StuartHall etc. -, nosestudos
de recepção, Kellner admite que "o
público pode resistir aos significados
e mensagens dominantes, criar sua
própria leitura e seu próprio modo de
apropriar-se" (2001:11) dos produtos
midiáticos.»
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