Julho_2006 - page 94

pelo globo, ultrapassando fronteiras
geográficas e obedecendo a um
imperativo: movimentar-se com ex–
trema velocidade e propagar-se in–
cessantemente, atingindo em cheio
dois limites fundamentais.
Claro, o leitor talvez concorde aqui
com a necessária discriminação
estética, mas também ética, con–
cernente às peculiaridades de cada
um destes aparatos de enunciação
visual, de características tão diver–
sas. Igualmente relevantes são as
diferenciações que se podem identi–
ficar ao nos determos em suas espe–
cíficas utilizações, em seus impactos
sociais e culturais, bem como ao
analisarmos os contextos em que são
veiculadasasrepresentaçõesatravés
deles produzidas ou nas condições
mesmas de sua recepção.
até mesmo involuntariamente, de
um processo bastante singular e,
segundo propomos, no mínimo in–
trigante. Nele, não só praticamente
qualquer coisa pode se transformar
em representação (fotográfica, vi–
deográfica, infográfica). Mais ainda,
tudo que se transforma em represen–
tação rapidamente pode se espalhar
O primeiro desses limites é aquele
que nos informa ou permite que»
Contudo, ainda assim podemos parti–
lhar de uma hipótese bastante central,
não só nodiscursode PaulVirilio, mas
também em inúmeros estudos sobre
a visualidade na cena pós-moderna.
A idéia é basicamente a seguinte:
particularidades consideradas as
"máquinas de visão" e as imagens
tecnicamente mediadas respondem a
uma lógica comum. E qual seria ela?
Para desenvolver este raciocínio, per–
mitam-me alguns comentários.
Pessoas, acontecimentos, paisagens,
ambos estariam tomando parte,
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