Julho_2006 - page 86

comunicação. Na Oi, não fazemos
muitas campanhas institucionais de
marca, mas quando se vai fazer uma
campanha de venda, não se pode es–
quecerquesetratadeumamanifestação
da marca, e que aquilo contribui para
o
branding.
Não pode ser aquela coisa
hard sell,
hardsell...
Na Oi sempre se
trabalha a oferta com
branding.Tem
de
ser feita dentro do
frame
da sua marca,
seja qual for a tentação.. Precisa do
apoio da alta gestão, que deve acreditar
nisso também. Eproduzir resultado. Por
isso repitoque esse profissional temde
acreditar em
branding...
MATHIAS
-Você trabalha numa empre–
sa de varejo. A arena mais competitiva
é a do varejo?
FLÁVIA
- Eu diria que a do corpora–
tivo também. O corporativo é menos
dependente da comunicação, como
alavanca.
MATHIA S
- Até porqueos canaisde
distribuição ainda são os tradicionais,
de varejo..
FLÁVIA
-Semdúvida...
MATHIA S
- Comoé quevocêvêo fu–
turo da comunicação com omercado?
FLÁVIA
-Creio que vai deixar de ser
tão formal como é hoje, vai estar mais
presente. Quando você pensa nas
novas mídias, nas novas tecnologias,
tão fragmentadas e presentes na vida
da gente, a comunicação será menos
formal. Por isso, paramim, omarketing
por conteúdo e entretenimento repre–
senta o futuro. O conteúdo da marca.
Como eu gero conteúdo relevante,
como trabalho entretenimento para
queaspessoasse relacionemmaiscom
as marcas - éum caminho sem volta.
A comunicação formal continuará a
existir, mas vai perder força.
MATHIA S
- N o Pan, houve quem
criticasse o uso das marcas brasileiras,
por ser um evento internacional. Oque
vocêacha?
FLÁVIA
-Comoesporteéuma platafor–
maparanós, nãopodíamosdesconside–
rar um evento desse porte. Em termos
de tamanho, o Pan é o terceiro evento
1 esportivo do mundo; só perde para as
Olimpíadas ea Copa doMundo. Ainda
mais, sendo aqui, na nossa cidade. O
Panamericano casava bem com nossa
estratégia de marketing esportivo. E
havia a questão do direito de arena.
Não havia razão para restringir isso
apenas a marcas internacionais. Não
houve problema nenhum. Mesmo na
Fórmula 1 há o patrocínio de várias
I
marcas locais.
MATHIA S
- Sabe-sequeaOi éamarca
mais jovem, a que tem o espíritomais
jovem, comunica mais juventude. Mas
o público mais velho tem maior poder
aquisitivo..
FLÁVIA
- Quem está mais aberto à
marca nova, ou a conceitos novos, é
o jovem. Há pesquisas que mostram
que, depois de uma certa idade, você
continuará ouvindo as músicas que
sempreouvia.Édifícilencontraralguém
quemudao repertório. Seagente queria
criar uma marca nova, que fosse um
asset,
um ativo importante, nesse mer–
cado tão competitivo, ao posicioná-la,
fortemente, no segmento jovem, ela
tem tudoparacrescer. E, poroutro lado,
havia o segmento da telefonia móvel,
que é predominantemente jovem. Nas
classes mais altas égrande a adoção
da Oi pelos filhos. Eles decidem oque
querem e os pais dão essa liberdade
para eles. Se eu tento entrar com uma
marca posicionada para um público
mais velho, ele pode não adotar essa
marca com paixão e eu acabo nãome
posicionando entreos jovens.
MESSEDER
- Com essa mudança tec–
nológicaacelerada, doentretenimento,
você tem uma espéciede jovialização
de todos os consumidores...
FLÁVIA
-Você está falando uma coisa
importante. A Oi sempre teve essa
preocupação do jovem não apenas
de idade, mas do jovem de espírito.
Eu costumo brincar com o Jurandir
Craveiro da NBS. Ele sempre foi um
cara jovem de espírito, vive com tec–
nologia, adora tecnologia, e, apesar
da idade, é um cara que vai usar a
marca Oi porque tem a ver com ele.
Às vezes, você encontra um cara de
15 anos que não é jovem de espírito
e outro, de 70 anos, é superjovem de
espírito. Depois que você consegue
sedimentar a marca, fica mais fácil
levá-la a outros públicos.
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