Janeiro_2008 - page 103

Mesa-
Redonda
102
R E V I S T A D A E S P M –
JANEIRO
/
FEVEREIRO
DE
2008
ES
PM
“UMENGENHEIRODEPRODUÇÃO
PODESETORNARUMCARAMARAVILHOSO
EMMARKETING.”
no sentido de que preciso mudar,
naturalmente, e, daí, evoluo. É até
uma filosofia de vida: não esperar
que omundome empurre.
CÉLIA
– Essa angústia vem da
sensibilidade maior do líder à
desestabilização.Pensandonocaso
do Prof. Gracioso, toda vez que as
coisas assentavam, ele inventava
outro curso, se auto-colocava em
um novo desafio e aí, com isso,
comessenovodesafiovinhaaquela
angústia. No processo, houve
crescimento: dele e de todos nós.
GRACIOSO
– E existeoutra forma
de dirigir uma empresa?
PAULO
– Uma palavra muito
bacana é escolha. Faz parte dessa
evolução, desestabilização, essa
ansiedade, angústia.Quandoentrei
na companhia, era o sexto diretor
no período demenos de 4 anos, e
pensei: estoumemetendo emuma
enrascada.Masdisse:poxa, aí éque
está o grande desafio, eu vou ser o
cara que vai ficar – e estou lá há
cinco anos. Cabe-nos a escolha de
gerar a desestabilização
– como o Prof. Gracioso
fazia – ou alguém ou
alguma coisa virá e fará
com que agente faça.
MARCOS
–E ser empurra-
do gera estresse, ser empurradopor
uma crise, por um chefe, por uma
conjuntura, por um fornecedor...
LUIZ EDMUNDO
–Acho que essa
questão final remete-nos a pensar
no que significa sucesso. As novas
gerações querem crescer, realizar,
mas não querem pagar o preço
que a geração antecedente pagou.
Então, talvez, anova geração esteja
tentandoencontrarumcaminhoque
estabeleçaummelhorequilíbrioen-
treo ladodapessoa, famíliaeo lado
do profissional, que – nos últimos
anos – chegou ao absurdo de pes-
soas trabalharem 14, 15, 20 horas.
Muitos jovens olham para esse tipo
de vida e querem ter a opção da
escolha.Amaneirapelaqual aspes-
soas vão construir as suas carreiras
será pautada por valores diferentes
daqueles quenós pautamos as nos-
sas.Ajudaro jovemaencontrar, nas
suas escolhas, as que melhor lhe
tragam realização e sucesso – no
sentidomaiscompleto– talvez seja
o grande desafio da universidade.
Mas sempre que desestabilizamos
e saímos foradoconvencional, en-
contramos soluções.Umprograma
degestãodepessoasdeveriapensar
nesse caminho.Vamos ter de pen-
sar numa proposta de formaçãode
gestordepessoascomumconceito
de felicidade, de sucesso e vivên-
cia diferentes daquele a que nos
acostumamos.Auniversidadepode
fazer isso porque tem essesmeios,
tem
network
, queprecisa ser usado
de forma diferente.
JR
–E tambémvoltarmuitas vezes à
escola, porquehoje, quando se fala
deeducação, nãoé sóagraduação,
após–masapermanente,continua-
da, quenão seobtém sóna escola,
mas ao longodavida.Vocês encer-
raram o debate de forma muito
estimulante.Queroagradecer –em
nome da ESPM e da nossa
Revista
– a presença de todos.
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