Novasdemandas, novocenárioe
quaseasmesmaspropostas
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R E V I S T A D A E S PM –
M A R Ç O
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A B R I L
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orqueuma tarefa tãocotidianacomo
“fazer supermercado” – ou “fazer
pedido”, ou “fazer o rancho”, de-
pendendodaregiãodoPaís–desperta
tanto interesse das empresas e dos
pesquisadores? Pelo que tudo indica,
porque, ao pisar dentro da loja, o
consumidor traz consigo toda a sua
história, eéessahistóriaquevai guiar
suasescolhas,preferênciase rejeições
por marcas e produtos. Na verdade,
essa história já influencia antes de o
consumidor sair de casa. Consu-
midores diferentes optam por
diferentes tipos de varejo, e razões
econômicas, emocionais e sociais
direcionamessaescolha.Optar por ir
aomercadinho, ao supermercadodo
bairro, ao hipermercado ou à
delicatessen
já revela muito do que
pensa e sente esse consumidor.
Para escolher o local em que vai fa-
zer suas compras, o consumidor leva
em conta os seguintes critérios, nesta
ordem: preço, promoções e ofertas,
localização, variedade de produtos e
marcas, ambienteeestrutura físicada
loja, atendimento (especialmente
tempode filanocaixa),qualidadedos
produtos e facilidade de pagamento.
Não há variações importantes, dos
critérios ou de sua ordem, entre
classes econômicas ou tipos de
compras (grandes, pequenas, repo-
sição). Fazendo uma análise um
pouco mais atenciosa, pode-se
depurar que, na verdade, antes de
preço e promoções e ofertas vem
localização, uma vez que o consu-
midor sóparteparaacomparaçãode
preçoseescolhado localmaisbarato
depois de ter selecionado um rol de
lojasqueelepossa irouestejadisposto
a sedeslocar. Seosprimeiros critérios
são racionais, fica muito difícil para
o varejista manter esse cliente.
A fidelidade no varejo é algo al-
tamentevolátil. Seumvarejistaperde
NOVASDEMANDAS,
E QUASE AS MESMAS PROPOSTAS
NOVO CENÁRIO
Foto: Júnior de Oliveira