Francisco
Gracioso
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M A R Ç O
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A B R I L
D E
2 0 0 6 – R E V I S T A D A E S PM
E
m seus 55 anos de vida, a ESPM
foi testemunha ocular da história
do varejo no Brasil. Quando a
Escola surgiu, em 1951, o varejo
brasileiro era constituído por
algumas lojas de grande porte,
como a Mesbla e a Sears, além
de um número infinito de peque-
nas lojas especializadas e empó-
rios (ou mercearias) espalhados
aos milhares por todo o país.
Naquela época, oBrasil eramajo-
ritariamente rural e a classe mé-
dia urbana, como a conhecemos
hoje, era praticamente inexisten-
te. As empresas que começavam
a fabricar bens de consumo ser-
viam-se do atacado para comple-
mentar o trabalho de seus vende-
dores eatingir demodo imperfeito
ummercadopobree rarefeito.Nos
grandes centros urbanos, eram
numerosas as lojas que revendiam
produtos domésticos, aparelhos
elétricos, artigos de vestuário e
outros produtos importados. As
grandesmarcas de hoje ainda não
existiam e os varejistas exerciam
tambémopapel deconselheirode
seus clientes, orientando-os sobre
a escolha do que lhes parecia
melhor.
De lá para cá houve mudanças
dramáticas. O auto-serviço revo-
lucionou o varejo de alimentos,
artigos de higiene e limpeza. Os
grandes
shopping centers
substi-
tuíram as lojas de rua e trans-
formaram-se em autênticas cate-
drais do consumo. E os gigantes-
cos hipermercados acabaram se
transformando numa simbiose de
tudo isso, atraindo principalmente
a classe média. O varejo tornou-se
complexo e as organizações vare-
jistas adquiriram um imenso poder
Apartir desteano, onúcleodevarejodaESPMcongregará
diversosespecialistasqueencontrarãoumambientepropíciopara
desenvolvernovosprodutos.
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