75
MARÇO
/
ABRIL
DE
2008 – R E V I S T A D A E S P M
Fernanda
Portugal Gouvêa
, Ismael
Rocha
e Stephan
Duailibi Younes
EmentrevistaaumperiódicodeSão
Paulo,opresidenteda JHSF, incorpo-
radoradonovoCidade JardimShop-
ping, que ampliará a áreadedicada
ao comérciodeprodutos e serviços
de luxo, afirma que o espaço foi
concebido para atender ao maior
anseio das pessoas hoje, ou seja, o
bem-estar.Completaafirmandoque
o espaço proporcionará conforto
e um clima agradável, mesclando
cultura, lazer e gastronomia. Fato
esse que já atingiu o outro impor-
tante
player
dentro dessemercado,
o Shopping Iguatemi, que reagiu
informando que abrirá dois novos
restaurantes, o tradicional Rodeio e
o contemporâneoRitz.
Cada um destes empreendimentos
focados em proporcionar lazer no
ato da compra, construídos pelo
prazer em estar e pelo desejo de
fazer,compreendemos trêsaspectos
queCastarèdedestaca.Háumabus-
ca incessante pela inovação e pelo
bem-estar,nãohá foconosprodutos
ou na necessidade em tê-los, mas
no prazer em possuí-los, no estado
socialqueele idealiza, eporúltimo,
hánascatedraisdo luxoomarketing
da oferta e não da procura.
O lazer, a gastronomia e o turismo
focados para o mercado formado
porpessoascommaiorpoderaquisi-
tivo seguem a mesma dinâmica.
Seu sucesso, dentro dessa mesma
perspectiva, acontece quando seus
líderes aferem cada um desses pa-
péis a seus empreendimentos.
Lipovetsky complementa esse pen-
samento quando aborda a fase III
do processo de consumo. Segundo
o filósofo, após a fase do consumo
ostentatório e do consumo expe-
riencial, vivemos agoraohipercon-
sumo, ou o consumo emocional.
Para o autor, o consumidor busca
hoje mais objetos para viver, em
detrimento de objetos para exibir.
Ilustrações:Neco
Lipovetsky complementa esse pen-
samento quando aborda a fase III do
processo de consumo. Segundo o
filósofo, após a fase do consumo os-
tentatório e do consumo experiencial,
vivemos agora o hiperconsumo, ou o
consumo emocional.
Foto: imageshack.us
Ð
