Janeiro_2007 - page 84

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JANEIRO
/
FEVEREIRO
DE
2007 – R E V I S T A D A E S P M
Sobre
espiritualidade
muitas empresas, estão abraçando,
sinceramente, esta causa. Mas não
devemos, também, esquecer que há
fortes pressões em contrário. Refe-
rindo-me ao que o Padre Christian
falou, sobre a diferença entre o topo
e a base, li que a Federaçãodos Sin-
dicatosda Inglaterraestápromovendo
ummovimentocontraoaumentodos
salários dos executivos ingleses que
– nos últimos 4 anos – cresceu 17
vezesmais do que amédia geral do
país.Então,apesardasboas intenções,
as distâncias tendem a aumentar e
nãodiminuir. Estamos diantedeuma
situaçãocheiadecontradições.
RODRIGO
–De fato, ainda estamos
no início. A própria ética é estudada
desde Sócrates e Platão. Acho que o
PadreChristian foi felizaoafirmarque
aéticaéummeioeaespiritualidade,
umfim,algoquedizrespeitoàquestão
da vida, sejapessoal, individual, seja
da vida do contexto. Agora, qual o
espaçoqueexiste,nanossasociedade
e nos nossos negócios, para que a
espiritualidade se possa manifestar
na sua plenitude? Estamos distantes
da questão ética. Há de se trabalhar
simultaneamente.Vejo issono futuro
das escolas de administração; e tam-
bém na área de educação de execu-
tivos,oferecendoaelesoportunidades
para refletir, e discutir essas questões
deéticaeespiritualidade.
JR
–Seráque jovenscomeste tipode
prioridade também vão ganhar altos
salários?
RODRIGO
– Aí é uma questão de
livre arbítrio.
KEN
– Eu sou australiano, passo 4
meses do ano no Brasil; viajo cons-
tantemente, mas pratico meditação
todos os dias.Vejo com otimismo o
que sepassanoBrasil.Não imagino
uma conversa como essa aconte-
cendo em outros países daAmérica
Latina; enaprincipal escolademar-
ketingdopaís,nempensar!Trabalho
nosbastidoresdesse temahámuitos
anos. O Brasil está liderando esse
movimento, mesmo devagar. Estive
noChile,atéontem,eé inclusivedeli-
cada a escolha de palavras porque
émuito difícil introduzir esse tema.
Mas há muitas pessoas dispostas a
se espiritualizar; se podemos fazer
isso dentro do local de trabalho,
fantástico. Se não, vamos fazer fora.
Ocrescimentodo indivíduocontinu-
arádequalquermaneira. Estoucom
o grande escritor André Malraux:
“O séculoXXI seráespiritual ounão
será”.Perguntaramaumempresário:
“Como será sua empresa daqui a
“SERÁQUE, DENTRODE15ANOS, AINDATEREMOSMATÉRIAS-PRIMAS?”
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