 
          maio/junhode2012|
        
        
          
            RevistadaESPM
          
        
        
          
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          Guerra de todos contra todos. Para Hobbes, essa
        
        
          expressão refere-se à inevitável condição do homem
        
        
          no estado de natureza, em que cada indivíduo, não
        
        
          submetido à lei e a um poder supremo, torna-se lobo
        
        
          dos outros homens. Conforme os princípios do absolu-
        
        
          tismo, pode-se sair de tal situação, em que a segurança
        
        
          pessoal está eternamente em perigo, somente por meio
        
        
          de umcontrato social entre os súditos, que delegue, para
        
        
          sempre e irrevogavelmente, todo o poder a umsoberano.
        
        
          Estado de natureza indica, nas teorias políticas
        
        
          dos séculos 17 e 18, a condição dos homens antes
        
        
          de estipular um tipo qualquer de contrato social, na
        
        
          qual os indivíduos viviam isolados uns dos outros,
        
        
          sem qualquer organização estatal. Trata-se de uma
        
        
          condição hipotética, e não de uma específica fase
        
        
          histórica, posto que a própria continuidade da espécie
        
        
          entraria em crise com tal isolamento dos indivíduos.
        
        
          Segundo Hobbes, um eventual estado de natureza
        
        
          seria dominado pela guerra de todos contra todos.
        
        
          O Estado surge e se consolida contendo o medo da
        
        
          SegundoThomasHobbes, ohomemnão
        
        
          éumanimal social.NoLeviatã, eledizque
        
        
          oshomensnãosãoabelhasou formigas
        
        
          equevianasociedadeo resultadodeum
        
        
          instintoprimordial
        
        
          Andrey Pavlov