 
          maio/junhode2012|
        
        
          
            RevistadaESPM
          
        
        
          
            67
          
        
        
          
            “E
          
        
        
          ra uma vez um gigante egoísta que não
        
        
          deixava as crianças comerem frutas de
        
        
          seu quintal. Um dia ele foi castigado. As
        
        
          árvores do jardim secaram e as crianças
        
        
          nunca mais voltaram a brincar em seu jardim” (Oscar Wilde:
        
        
          
            El gigante egoísta
          
        
        
          ). Assim os “gigantes” dos bancos quebraram
        
        
          a economia do mundo, em 2008. Milhares de famílias, sem
        
        
          emprego e sem casa, foram obrigadas a morar dentro de seus
        
        
          carros, emestacionamentos de supermercados, onde viveram
        
        
          infelizes para sempre. Umcasomais atual é odo avô gregoque,
        
        
          depoisdoanúnciode reduçãodasuaaposentadoria, suicidou-se
        
        
          em frente ao parlamento.
        
        
          Aristóteles, em sua
        
        
          
            Política
          
        
        
          , iniciou a doutrina do “fim”
        
        
          do Estado como problema fundamental a todas as teorias
        
        
          políticas, que começou nos anos 1980 com a “jibarização do
        
        
          estado” (tribo que reduz as cabeças de seus inimigos). Foi
        
        
          com Margareth Thatcher e Ronald Reagan, o Consenso de
        
        
          Washington, tudo isso liderado pelos professores Friedrich
        
        
          Hayek e David Friedman, em conjunto com seus discípulos
        
        
          da Escola de Economia de Chicago (
        
        
          
            Chicago’s Boys
          
        
        
          ).
        
        
          Segundo eles, o “fim” da intervenção do Estado na eco-
        
        
          nomia passava por uma reforma profunda e estrutural do
        
        
          Estado e da sociedade. Essa transformação estava destinada
        
        
          a afastar o Estado de suas funções históricas, originárias
        
        
          de gestão em economia e assuntos sociais, como educação,
        
        
          saúde e emprego, argumentando que o “mercado” e sua “mão
        
        
          invisível” resolveriamas reivindicações da sociedade (
        
        
          
            laisser
          
        
        
          
            faire
          
        
        
          ,
        
        
          
            laisser passer
          
        
        
          ).
        
        
          
            Emdefesa
          
        
        
          
            doEstado
          
        
        
          Por Jorge LorenzoValenzuelaMontecinos