Marco_2006 - page 20

Existiriaumcomportamentodoconsumidor pobre
ouumapobrezadeestudosnestaárea?
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R E V I S T A D A E S PM –
M A R Ç O
/
A B R I L
D E
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sões sobre a utilização de classes
focaram a segmentação e a previ-
são do consumo de produtos e
serviços. Buscava-se uma relação
direta entre opertencimento a uma
classe e o consumo de um deter-
minadoproduto.Os estudos objeti-
vavam provar que classe era uma
variável desejável para uma seg-
mentação bem feita. Mostravam
também que classe era uma variá-
vel que predizia melhor o consu-
modoque a renda (FISHER, 1987).
Alguns autores atribuem esta
interrupção nos estudos ao fato de
eles não terem sido conclusivos e
também à inadequação dos ins-
trumentos ou esquemas de classifi-
cação social (COLEMAN, 1983;
SIVADAS
et al
., 1997; HILL, 2002).
De fato, esquemas de classificação
social sãopolêmicosmesmodentro
da sociologia e antropologia, que
dirá sua utilização após a impor-
tação para o marketing. Em lugar
de determinar classes bem defini-
das, diversos autores de sociologia
levantaram critérios múltiplos de
demarcação. A condição socio-
econômica seria função da ocupa-
ção, da renda, das condições de
existência, do modo de consumir,
ainda que esses diferentes critérios
pudessem apresentar demarcações
conflitantes. Coleman (1983) mos-
trou que a aplicação do conceito
de classes sociais era viável desde
que houvesse um aperfeiçoamento
dasdefiniçõesemedidas, alertando
que a discussão não deveria ser se
a classe afetava mais o consumo
do que a renda, mas sim como as
classes sociais afetavam a forma de
consumir.
Os principais tipos de medidas
utilizados hoje emmarketing são:
Apesquisa tevedoismomentos, um foi o levantamentona literaturadeestudossobreoconsumidor
pobreeooutro foi um trabalhodecampo realizadona faveladaRocinhanoRiodeJaneiro.
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