Marco_2008 - page 106

Turismo, lazer e gastronomia
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MARÇO
/
ABRIL
DE
2008 – R E V I S T A D A E S P M
Ð
dessa organização americana, que
trabalhou na reconstrução da con-
fiança do turismo interno – imagina
como foi isso, para quem perdeu a
confiança em voar, depois do 11
de setembro. Talvez uma coisa que
pudesse ajudar – aí concordo como
Mário, quando se refere à união – é
uma articulação menos dependente
daestruturaçãodoEstado (queéboa
e que tem aumentado – nos últimos
dez anos semultiplicou por cinco o
orçamentodoMinistériodoTurismo).
AntigamentesediziaqueoBrasilnão
tinhaverbapara fazerpropaganda,“só
tinha verba para fazer boato”, dizia
NizanGuanaes.Hojeestamos falando
de62milhões noexterior,mas ainda
épouco...Talvezumagrandeorgani-
zaçãoprivada,multissetorial.
GRACIOSO
–Temosaqui ohomem
que fala pelo sindicato dos hotéis,
restaurantes, bares e similares. É
possível unir essa turma?
NELSON
–Primeiroeuqueriacumpri-
mentar aESPM, porqueessamesa-re-
dondavai serummarcodivisorparao
Turismocomofatoeconômicoesocial.
Querocumprimentaroscompanheiros
queestãoparticipandodestedebatee
dizer queeununcame senti umcen-
troavante tão hábil para enfiar a bola
noângulo,porqueeu tinhadoismeias
ali que levantaram a bola para mim:
um falandoque faltaunião eoCaco,
que tem essa macrovisão do turismo
brasileiroe internacional,dizendoque
oqueestaria faltandoéumaentidade
na iniciativaprivadaquepudessesera
coordenadoraearticuladoradasações.
Nessesentido,sinto-meàvontadepara
fazeralgumasconsiderações.Semfazer
críticas ao presente, porque estamos
vivendoummomentoemqueoBrasil
estácom índices surpreendentemente
favoráveis: 200 bilhões de reservas.
O presidente chegou e, a primeira
coisa que elegeu comoprioridade de
governo foio turismo,dandoaonosso
setoro tãodesejadoMinistério.Avisão
do Lula está correta e é aquilo que o
trade pedia: umministério exclusivo
para coordenar essas ações enquanto
setorpúblico.Ea iniciativaprivada?Aí
eurealmentequeroagradeceraoMário
eaoCaco, porque eles identificaram
as questões fundamentais que estão
travandoodesenvolvimentodo turis-
mocomo fatoreconômicosocial,essa
falta de uma entidade coordenadora
dessas ações por parte da iniciativa
privada.
GRACIOSO
– Uma es-
pécie de conselho na-
cional do turismo.
NELSON
– Eu diriamais. Tenho criti-
cadomuito aCNC, que é a entidade
coordenadora:ocomérciocoordenao
turismonoBrasil.Ostrabalhadorestêm
aConfederaçãodosTrabalhadoresem
Turismo; há uma OrganizaçãoMun-
dial doComércioeumaOrganização
MundialdoTurismo;háumministério
exclusivo para o setor Turismo, en-
tretanto a Confederação Nacional
do Turismo, que tenho a honra de
presidir, nessa fase de coordenação e
instalação, está amarrada – aguarda
umadecisão,nospróximosmeses,do
Supremo Tribunal Federal, tribunais
superioresparadesmembraro turismo
docomércio. Eaí teremosumagestão
da iniciativa privada coordenando as
ações, chamando todos os agentes
– que somos mais de 30 segmentos
dentro do Conselho Nacional do
Turismo. Nós temos as condições do
social, do turismo, turismopara todos
noBrasil,queéograndeprojetonosso,
dosistemaCNTur/Abresi,queéviabili-
zarasituação–nãoquenós tenhamos
só30milhões deviagens/anonopaís
continente com quase 200 milhões
de habitantes. Nós queremos elevar
“OQUE FALTAÉ,
PRINCIPALMENTE, AUNIÃO.”
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