 
          
            Revista da ESPM
          
        
        
          |maio/junhode 2012
        
        
          
            34
          
        
        
          mercado
        
        
          Entre os temas discutidos pelas 13 comissões estão: o
        
        
          direito do cidadão receber informações livres, indepen-
        
        
          dentemente de censura; a formação de consumidores
        
        
          conscientes, capazes de fazer suas escolhas, depende de
        
        
          informaçãoeeducação; adefesada liberdadede imprensa
        
        
          e da economia de mercado para garantir a pluralidade e
        
        
          diversidadedosmeiosdecomunicação;aautorregulamen-
        
        
          taçãodosetor; eodireitodeoconsumidor ser informadoa
        
        
          respeitodeprodutos licitamenteproduzidos edivulgados
        
        
          nopaís. “Somosa indústriada liberdadeeacreditamosque
        
        
          todoproduto legalmenteproduzidoedistribuídopode ser
        
        
          comunicadoparaalimentaroempreendedorismoea livre
        
        
          competição em benefício dos consumidores”, detalha o
        
        
          presidente daAbap, Luiz Lara. “Nossomercado é baseado
        
        
          na liberdadeenameritocracia. Nãoacreditamosna tutela
        
        
          autoritária e arbitrária daqueles que, com o pretexto de
        
        
          salvar o mundo, acabam coibindo a livre iniciativa.”
        
        
          Apreocupaçãocoma liberdadedeexpressão temfunda-
        
        
          mento, umavezquehoje tramitamnoCongressoNacional
        
        
          cerca de 200 projetos de lei que visamproibir, restringir ou
        
        
          censurar a indústria da comunicação, emespecial a publi-
        
        
          cidade. “Muitas dessas iniciativas são descabidas e exage-
        
        
          radas”,garanteodeputadofederalMiltonMonti,presidente
        
        
          da Frente Parlamentar da Comunicação Social (Frecom).
        
        
          A Frecom foi criada há quatro anos, durante o IV Con-
        
        
          gresso, como objetivo de estimular a discussão e trazer à
        
        
          luztodasasquestõesqueenvolvemasinúmerasrestrições
        
        
          propostas pelos parlamentares brasileiros ao mundo do
        
        
          marketing. “Osubprodutodoenfraquecimentodapublici-
        
        
          dadebrasileira éo fortalecimentodapublicidade estatal e
        
        
          o consequente aumento da dependência dos veículos em
        
        
          relação ao Estado”, avalia o deputado, citando alguns dos
        
        
          projetosde lei queultrapassam, emuito, a fronteiranãosó
        
        
          daliberdadedeexpressão,comotambémdarazão.“Proibir
        
        
          a propaganda de brinquedos e produtos infantis das 6 ho-
        
        
          ras às 21 horas, como prevê o Projeto de lei 5.921/2001, do
        
        
          deputado Luiz Carlos Hauly, é umexcesso. Tanto faz para
        
        
          a criança ver ou não essa propaganda. Até porque não dá
        
        
          para colocá-la emuma redoma de vidro e impedir que ela
        
        
          seja impactada pelas ações demarketing”, explicaMonti.
        
        
          
            Proibições indigestas
          
        
        
          Além da restrição de horário, a propaganda brasileira pode
        
        
          sofrerumnovogolpecasooprojetodelei(nº25/03)proposto
        
        
          pelo ex-senador Tião Viana seja aprovado. A medida visa
        
        
          proibirapropagandadealimentoseautilizaçãodepersona-
        
        
          gensemcampanhasdirecionadasaopúblicoinfantil.Outra
        
        
          iniciativa aindamais restritiva está tramitando na Câmara
        
        
          dos Deputados, desde março de 2009. Apresentada inicial-
        
        
          mentepelomédicoSergioAntonioNechar,oprojetocomeça
        
        
          proibindoa comercializaçãode lanches acompanhadospor
        
        
          brinquedos nas redes de fast-food. “O artifício de induzir a
        
        
          criança a adquirir alimentos acompanhados de batata frita
        
        
          e refrigerante, comprovadamente nocivos à saúde, para
        
        
          ter direito ao brinquedo de brinde, explora a fraqueza ou a
        
        
          ignorância do consumidor infantil, como proíbe a lei”, ar-
        
        
          gumentouNechar. Na época, o entãodeputado fez oprojeto
        
        
          inspiradoemumaaçãodo InstitutoAlana, que incentivouo
        
        
          MinistérioPúblicoFederalaentrarnaJustiçapedindoaproi-
        
        
          
            “Nossomercado é baseadona
          
        
        
          
            liberdade e nameritocracia.
          
        
        
          
            Não acreditamos na tutela
          
        
        
          
            autoritária e arbitrária
          
        
        
          
            daqueles que, comopretexto
          
        
        
          
            de salvar omundo, acabam
          
        
        
          
            coibindo a livre iniciativa”
          
        
        
          LuizLara,
        
        
          
            presidente daAbap
          
        
        
          LuizLara,presidentedaAbap,aoladodo
        
        
          arcebispo DesmondTutu,queestevenoBrasil
        
        
          emmaioparaparticipardoVCongresso