Frederico
Turolla
eMarcos
Amatucci
105
SETEMBRO
/
OUTUBRO
DE
2007 – R E V I S T A D A E S P M
projetosa serem realizadosnoexterior,
semprequecontribuamparapromover
as exportações brasileiras”. O apoio
abrange investimentos na construção
denovasunidades,naaquisição,am-
pliaçãooumodernizaçãodeunidades
já instaladas ou mesmo na partici-
pação societária em companhias in-
ternacionais, semprequecontribuam
para a exportaçãodebens e serviços
brasileiros, além de suprimento de
necessidadesdecapital degiro.
O prazo da linha de financiamento é
negociadoentreaempresaeoBNDES
eédefinidocombasenascaracterísticas
específicasdo investimentoouprojeto.
Ocustofinanceirodessalinhadecrédito
se assemelha ao de outras modali-
dades disponibilizadas pelo BNDES.
Ele pode se basear na variação de
umacestademoedasounocustodos
recursoscaptadospeloBanconomer-
cado doméstico. Em ambos os casos
oBancocobraainda
spread
básicoe
spread
de risco.Asmodalidades são:
através da definiçãodemeta
de desempenho relacionada
jjjj
à atividade exportadora da
empresa que tomar os recursos e
acrescenta-separticipaçãonos lucros
da operação para o BNDES, com
garantias semelhantes às deum em-
préstimobancário convencional;
aconcessãoapartirdacompra
devaloresmobiliáriossubscritos
pelas empresas beneficiárias (a-
ções ou debêntures). Nesta última
modalidade,acláusuladedesempenho
é dispensada e as garantias podem ser
exigidasapenasquandoasubscriçãose
tratardecompradedebênturessimples
da empresa pelo BNDES. A operação
de financiamento supõe permanência
do controle nacional sobre o capital
e prevê multa de 10% sobre o valor
financiadoemcasodedescumprimento
dessa obrigação, além da antecipação
do vencimento da dívida. Nos contra-
tos com cláusulas de desempenho, a
multapordescumprimentoéponderada
pela proporção das exportações que
estejam aquém dessameta. Contudo,
nos financiamentos lastreados através
de subscrição de valores mobiliários,
aplicam-se às empresas tomadoras do
empréstimo diferentes penalidades, de
acordocomo tipodeativosubscrito.
Aprimeiraoperaçãocontratada sobas
regrasdaResolução1189foijustamente
aaquisição,peloFriboi,daSwiftArmour
Argentina, omaior frigorífico daquele
país, uma operação no valor de US$
80milhões.AparticipaçãodoBNDES
também foi fator-chave para viabilizar
aaquisiçãodoSwiftglobal,que foi feita
através de emissão de novas ações no
montante de 1,85 bilhão de dólares.
O BNDESpar subscreveria até um
limite de cerca de US$ 1,46 bilhão
dos novos papéis. O presidente do
BNDES, Luciano Coutinho, declarou
no
OEstadodeS.Paulo
de29dejunho
que a operação se “insere na política
de fortalecer empresas brasileiras a se
tornarematrizesglobais”,confirmando
o apoio doBanco à internacionaliza-
çãodasempresasbrasileiras.
CHURRASCOCOMPLETO
É fato que a internacionalização das
empresasbrasileirasjáofereceaomundo
umbomchurrasco.Ébemverdadeque,
na sua forma pronta, ainda é difícil de
encontrar. Em apenas nove endereços,
norte-americanospodemprovar,emseu
próprio país, do talento brasileiro que
supostamente lhes falta.Custacercade
25dólaresnoalmoço,ouquaseodobro
no jantar, virar para cima a face verde
dodisquinhoque ligaofluxodoespeto
corrido, emumadasunidadesdaFogo
deChãonosEUA.
Porém,alémdaboacarnedeempresas
brasileiras,umprodutocujaelasticidade
cruzadaapresentaaltosvaloresnegativos
emrelaçãoàcarne,acervejadaAmbev,
já está também internacionalizada.As-
sim, garantimosochurrascodomundo
regadoporboacerveja, ecom sucode
laranja da Flórida para os abstêmios.
ComequipamentoeespetosTramontina,
éclaro!Eumcafezinhopara terminar.
SeossuecosdeUppsalaestiveremcorre-
tos,ochurrascoeseusbenscomplemen-
taresdealtaelasticidadecruzadaestarão
disponíveisemumnúmerocrescentede
países nos próximos anos. Por isto, na
futuraversãoeminglêsdesteartigo,com
circulação internacional, faremos duas
modificações fundamentais:
a)
recomendaremosoportaldechur-
rascowww.barbecue.com, certamente
educativo para gringos cada vezmais
adeptosdechurrasco;e
b)
excluiremosasduaspiadinhasso-
brechurrascoqueaparecemnocomeço
enofinaldesteartigo.
FREDERICOTUROLLA
ProfessordoDepartamentodeEconomia
epesquisador doNúcleode Estudos em
Gestão Internacional (NEGI) da ESPM.
Doutor em Economia de Empresas pela
FGV-SP.
MARCOSAMATUCCI
Doutor emAdministração pela Universi-
dade de São Paulo eMestre emAdminis-
traçãodeEmpresaspelaFundaçãoGetulio
Vargas-SP. Diretor Nacional dos Cursos
de Administração da ESPM de São Paulo
e coordenador doNúcleo de Estudos em
Gestão Internacional daESPM.
ES
PM
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