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SETEMBRO
/
OUTUBRO
DE
2007 – R E V I S T A D A E S P M
Luiz Felipe
Lampreia
brasileiraeaamericana,ou francesa.
VoltandoàCopadoMundo,quando
o Brasil foi campeão, em 1994, eu
eraembaixadoremGenebra, Suíça.
O jogo terminou e nós fomos para
a beira do lago Léman, e havia uns
dezmil brasileiros comemorando...
Se tivessesidoem1968–quandoeu
eraum jovemdiplomata, namesma
Genebra– iriaver talvezapenasuns
10 ou 20 brasileiros, diplomatas,
turistas ou exilados políticos...
JR
– O futebol veicula uma ótima
imagemdoBrasil.Mas... e o resto?
LAMPREIA
– Nossa imagem não é
boa,emgeral,porque–nochamado
primeiromundo–oqueaparecena
mídia é omassacre das crianças na
Candelária, tiroteios na favela... Se
vocêperguntar –aumneozelandês
ou inglês– trêscoisas sobreoBrasil,
pode serquehajauma referênciaao
futebol, as outras vão ser negativas,
porque é o que a mídia transmite.
É o que vende jornais, revistas,
audiência... Evidentemente, não é
a imagemque temum leitor do
The
Economist
ouosmembros doPress
Club deNovaYork.
JR
–O senhor acha possível que o
governoea iniciativaprivada,deal-
guma forma seunamparamodificar
essa imagem?
LAMPREIA
–Os governosmilitares
tinham mania desse negócio de
dizer que a imagem do Brasil era
distorcida, que devíamos fazer um
esforço para promover a imagem
do país...
JR
– Mas, se não fossem aqueles
filmesdeHollywoodquenósvimos
Ð
