Setembro_2007 - page 99

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R E V I S T A D A E S P M –
SETEMBRO
/
OUTUBRO
DE
2007
INTRODUÇÃO
O Brasil passou por uma pequena
revoluçãonosúltimos15anos.Abriu
eestabilizousuaeconomia,implantou
umdosprogramasmaisambiciososde
privatização do mundo, apoiou um
blocosub-regional, liderouaoposição
aumacordode livrecomérciohemis-
férico, manteve posição firme contra
os grandes protecionistas agrícolas
mundiaise fez tudo istonumambiente
plenamente democrático, sob um
regime institucional aindaemmuitos
aspectos transitório, porém consi-
deravelmente estável. Até mesmo a
alternânciadepoder,decentro-direita
paracentro-esquerda, foipossívelsem
que o país “perdesse sua economia”
(oupelomenos suamoeda).
Quando comparado a seus vizinhos,
o Brasil talvez não esteja tão mal
como muitos brasileiros estimam (e
sentem). No entanto, o crescimento
econômico, condição
sine qua non
para o desenvolvimento social e
econômicodopaís,temsidopequeno,
até mesmo quando comparado a
países latino-americanos. O Brasil
só perde para oHaiti, neste aspecto,
nohemisfério. Entre os BRICs, opaís
tem as cifras menos imponentes.
Enquanto isto, a internacionalização
da economia brasileira continua e o
comércio exterior se torna cada vez
mais crucial. O investimento direto
estrangeiro (IDE), por suavez, retoma
sua trajetóriaascendente.
OPARADIGMADA
COMPETITIVIDADE
BRASILEIRA:
ABERTURA,
CRESCIMENTO E
CONTESTABILIDADE
1
Foto:Afonso Lima
1. Este artigo se baseia numa versão em inglês publicada peloCenter for HemisphericStudies, daUniversidade deMiami.
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