Julho_2008 - page 93

Para onde vamos?
93
JULHO
/
AGOSTO
DE
2008 – R E V I S T A D A E S P M
“CONTINUO
PERGUNTAN-
DO: ‘ONDEVA-
MOSPARAR?’”
SILVIA
−Cito o exemplo da Sadia,
que comprou as sobremesas Miss
Daisy, para entrar no mercado de
sobremesas no qual não tinha ex-
periência.
JONI
− Em algumas situações de
aquisição,devem-semanterasope-
rações independentes até que se
domine o novomercado, os novos
clientes, e consumidores.As opera-
çõespodemcontinuar independen-
tes, até que se complete a curva do
aprendizado.
GRACIOSO
− Veremos como o
Santander e o Real vão-se juntar
no futuro.
SILVIA
−Éumdesafionão sóparao
própriomarketing, comopara todas
as outras áreas: financeira, tesou-
raria, tecnologia de informação...
JRWP
−Devemos considerar, tam-
bém, que o Brasil é um pouco
atípico se comparado a outros
países, como os Estados Unidos,
onde o marketing nasceu. Aqui o
marketing, de certa forma, origi-
nou-se na publicidade, na propa-
ganda. Lá, omarketing sempre fez
parte dos cursos de
management
e de administração. Tanto que ele
nasceu no Brasil nos cursos da
Fundação Getulio Vargas, e não
na nossa Escola − ainda que quem
tenha tornado omarketing conhe-
cido tenhamos sido nós...
AMATUCCI
− Surgiu na FGV, mas
nãopegou...
JRWP
− Por isso surgiu um pouco
essa aura de poesia, de criativi-
dade, que eu acho até positiva,
pois um profissional de marke-
ting que se preze precisa ser cria-
tivo; acredito, realmente, nesses
passos que foram dados dentro
da ESPM, no sentido de apontar
que o profissional de marketing
deve ser criativo, ainda que com
os pés no chão. Isso tem sido
uma orientação saudável... Eu
perguntaria à Silvia e ao Ama-
tucci: isso ocorre do outro lado?
Ou seja, o financeiro hoje está
mais aberto ao marketing, ao
mercado, à criatividade?
SILVIA
–Sim,cadavezmaisseexige
que o financeiro tenha um foco no
cliente; temdedesenvolver serviços
internosdaárea,demodoaatender
o cliente final; tem de ajudar no
desenvolvimentodamarca−oque
nãoeraumapreocupaçãonopassa-
do,quandoofinanceirose limitavaa
gerirocaixa,os recursosfinanceiros.
Hoje,vocêvêumfinanceirocriando
facilidades para fazer cobrança;
até para cobrar o inadimplente é
necessário cuidado...
GRACIOSO
− Na verdade, Silvia,
dependedamaneira como se inter-
preta a criatividade. A criatividade
é a busca de soluções novas, mais
eficientes, e issovaleparaqualquer
atividade humana, não só para o
marketing. Nas finanças, muitas
vezes, um esquemafinanceiropara
comprar aAracruz pode e deve ter
muita criatividade por trás.
AMATUCCI
− Tradicionalmente, a
relação entremarketing e finanças,
assim como entre marketing e
produção, apresentaconflitosestru-
turais,antesde tudodevidoàmissão
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