Janeiro_2008 - page 59

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JANEIRO
/
FEVEREIRO
DE
2008 – R E V I S T A D A E S P M
Adriana
Fellipelli
Pericles
PinheiroMachado
o cachorro), células do corpo e as-
sim por diante. Qualquer que seja
o arranjo, a comunicação implica
a presença de algumas dimensões
normalmente descritas como emis-
sor, receptor, mensagem, forma,
canal e propósito.
A eficácia da comunicação não
depende apenas da existência des-
sas dimensões. Barreiras naturais de
comunicação dificultam e às vezes
impedem a transmissão íntegra da
mensagem, seja pela interferência
de ruídos, seja namaneira como são
formulados, emitidos e recebidos os
conteúdos.O
feedback
–mensagens
verbaisounão-verbaisqueo receptor
devolveaoemissor–serveparaverifi-
careajustaraclarezadacomunicação
nomomentoemqueelaocorre.
Emnossavidacotidiana, acomuni-
caçãoeficazpodeser resumidaàca-
pacidadedeescutar ecompreender
aquiloque nos é apresentadopelas
outras pessoas. Desde pequenos
aprendemos a nos comunicar, e a
assimilação da linguagem é o que
nos define como humanos e nos
insere em uma cultura. Quando a
mãe fala com o bebê recém-nas-
cido, ela oferece a essa pequena
pessoa (que não fala) os insumos
fundamentaisqueajudarãoa formar
sua capacidade de relacionar-se
com o mundo. Ao longo da vida,
o ser humano passa por diferentes
processos de amadurecimento cog-
nitivo e emocional, e espera-seque
na idade adulta tenha alcançado a
capacidade plena de comunicação
e expressão.
Mas quando olhamos ao mundo
emnossa volta, ficamuito evidente
o quanto a comunicação eficaz é
algo complicado de se colocar em
prática. Enomeiocorporativo, essas
dificuldades podem se tornar ainda
mais acentuadas em decorrência
das características específicas de
cada empresa. Em uma agência de
publicidade, a criatividade, a inven-
tividade e a originalidade de idéias
e de maneiras de se expressar são
fatores altamentevalorizados. Jáuma
empresa de auditoria possui valores
e códigos de comportamento que
prezam pela discrição e pela pre-
cisão das informações transmitidas.
Qualquer pessoa que apresente um
estilodecomunicaçãomuitodiferente
daquelevalorizadoemseumeio terá,
potencialmente,maisdificuldadepara
se fazer entender econseguiroapoio
eaaceitaçãode seus colegas.
Essas diferenças de valores, códi-
gos de comportamento, modos de
avaliação da realidade, estilos de
julgamento, atenção e valorização
de determinados elementos em
detrimentodeoutros, sãocaracterís-
ticos não tanto das organizações,
mas das pessoas que as compõem.
A compreensão dessas diferenças
podeser fundamentalparaassegurar
umacomunicaçãoeficaz.Para tanto,
diversasempresas têm lançadomão
de recursosexternosparaauxiliarna
gestão da comunicação.
Um dos clássicos recursos utiliza-
dos pelas empresas em projetos
de
coaching
de equipes com a fi-
nalidadedeexercitarascapacidades
de comunicação e expressão é o
instrumento Myers-Briggs Type In-
dicator –MBTI®. Criadonadécada
de 30por duas cidadãs americanas
comuns – Katherine Briggs e Isabel
Myers–,o instrumentoMBTI®éum
indicador de tipos psicológicos ba-
seado na teoria do psicólogo suíço
Carl Gustav Jung.
O MBTI® consiste em um ques-
tionáriode93perguntasque tempor
Qualquerque sejaoarranjo, acomunicação implicaapresençade
algumasdimensõesnormalmentedescritascomoemissor, receptor,
mensagem, forma, canal e propósito.
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