Maio_2008 - page 43

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MAIO
/
JUNHO
DE
2008 – R E V I S T A D A E S P M
Letícia
Veloso
dores e consumidores, e tanto a
empresa internamente quanto suas
relaçõescomascomunidadesonde
está inserida. Com este objetivo,
por exemplo, os habitantes das
comunidades, onde são instaladas
unidadesdaVale, sãocontemplados
com projetos sociais voltados para
a educação e a capacitação profis-
sional; o meio ambiente também
recebecuidadoespecial, aomesmo
tempo em que todos os fornece-
dores devem obedecer a critérios
específicos de ética e responsa-
bilidade estipulados pela própria
empresa. Além disso, as culturas
locais das comunidades e grupos
ondeaVale se inserenão só são res-
peitadas, mas compreendidas em
sua diversidade e singularidade.
Essas empresas advogam mais do
que apenas a prática de ações
sociais: elas defendem uma re-
estruturação de sua atuação na
sociedade, à inclusãoeàcidadania.
Passam, assim, a participar de um
movimento mais geral pela pro-
moção de uma cidadania inclusiva
como meio de contrabalançar as
desigualdades.Oquesesugereaqui
é que, acima de tudo, essa prática
reflete uma redefinição na própria
forma de se pensar as diversidades
inerentesànossa sociedade: asdife-
rentes lógicas deviver pertencentes
àscamadasmaispopularessãoaten-
didaspelosprojetossociaisedeuma
nova forma de atuação empresarial
que as respeita, acima de tudo, em
sua singularidade. “Inclusão” e “ci-
dadania”, neste sentido, não signifi-
cam a imposição de uma lógica da
sociedadedominante sobreosmais
pobres – significam, sim, o respeito
à existência, aos modos de vida e
A preocupação com a desi-
gualdade social, assim, está
na base de muitas das ações
empresariais.Umadas empre-
sas que sedestacam é a Shell,
que define a si própria como
uma empresa que “acredita
queas empresaspodem repre-
sentar umpapel vital na cons-
trução de um futuro melhor
para as pessoas”.
Ð
Foto: PauloCorrea
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