Julho_2008 - page 57

Fátima
Motta
e talentos, ou seja, ver ahumanidade
nooutro talvez sejaaindaumgrande
desafio. Depois desse desafio ainda
tem o de lembrar dos aspectos posi-
tivoseoportunidadesdemelhoria,que
dependem fundamentalmentedeuma
observação acurada e acolhedorado
outro, com uma intenção verdadeira
de ajudar para que esse profissional
sejaaindamelhordoqueé.Porfim,a
coragemdefalardeformaclaraeamo-
rosaoque foiobservado.Desenvolver
essas atitudes e comportamentos nos
atuais líderesnãoénada fácil,dadoo
focono resultadoeas inúmerascom-
petências que são necessárias para a
multifuncionalidadeexigidanos nos-
sosdias.Poroutro lado,quemouveo
feedback
,porvezes, tem suaatenção
dispersa pelo volume de estímulos
conscientes e inconscientes que o
fazem compreensível em dimensões
diferentes das esperadas e, como o
vínculo não é dos melhores, a aten-
ção ao ouvir, assim como a devida
disposiçãoparamudar,nemsemprese
apresentamdeacordocomaexpectativa
da liderança, que acaba tendo ainda
mais motivos para desacreditar dessa
técnica,emvezdeentendê-lacomovital
paraodesenvolvimentodosverdadeiros
talentos, tãodesejadosnasempresas.
Arrisco supor que, lendoaeste texto,
stress
e uma pequena taquicardia já
podemsersentidas,mas,alémdeviver
tudo isso, os líderes recebem outra
pressão:precisam terepropiciarquali-
dadede vida e equilíbrio emocional.
Na prática, a qualidade de vida é
invertidapelo trabalhoqueseestende
por horas ehoras afio após ofimdo
expediente,sábadosedomingos,celu-
larese lap-topsconectadosem tempo
integral. Como conseqüência, per-
cebemosumaumentosignificativode
afastamentos, seja por doenças físicas
e/ouemocionais.Emaisumavezolíder,
então, écobradopornãooferecercon-
diçõessaudáveisdetrabalho,apontadas
deformabastanteclaranaspesquisasde
clima.Noentantoele também se sente
pressionadoedoente.
EAGORA?OQUEFAZER?
Apósestaspoucasreflexões,constatamos
queestequadro jáébastante familiare
talvez fique a pergunta: onde vamos
parar? O que fazer diante disso? Res-
postas certas edefinitivas, acreditoque
ninguémas tenha,mas podemos tecer
algumas considerações. Seráqueéum
serabstratoquenos joganessa fogueira
diária?Seráqueaculpaédasempresas?
Seráqueaculpaéda tecnologia?
Seriamuitomais fácil atribuir aculpaa
algo externo e ficarmos isentos da res-
ponsabilidade.Issonostornariatambém
impotentesem relaçãoà realidadeque
nos cerca.No entanto, talvez essanão
sejaumaboa alternativaparanenhum
denós, seresatuanteseconscientes.
Cabe, então, à liderança se apropriar
dessa dualidade em que vive e fazer
escolhasverdadeiras,considerarosreais
valores que pautam a relação entre as
pessoas, restabelecendo sua própria
dignidadeecaráter.
Uma escolha refere-se ao negócio e à
empresaonde éposta a sua energia, a
sua força de trabalho, suas emoções,
seuspensamentos. É importanteprestar
atençãoeobservarseseusvalorescoin-
cidemounãocomosvaloresdaempre-
Fica apergunta: onde vamos parar?
Oque fazer diantedisso?Respostas
certas e definitivas, acredito que
ninguém as tenha, mas podemos
tecer algumas considerações.
Na prática, a qualidade de vida
é invertida pelo trabalho que se
estende por horas e horas a fio
apósofimdoexpediente, sábados
e domingos, celulares e
lap-tops
conectados em tempo integral.
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