Mesa-
redonda
R e v i s t a d a E S P M –
setembro
/
outubro
de
2009
88
¸
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Na lojacabem300produtos ena internet
sevocênão tiver 10mil eletrônicos
e informáticaestá forado jogo.
~
chegar no limite de cada um ter
uma loja virtual no bolso.
Tripoli
– A Google e o G1 têm
um software que escaneia código
de barras. Você pega o celular,
no ponto de venda escaneia o
código de barras e ele te diz o
preço daquele produto em ou-
tras lojas. Você está no ponto de
venda e tem a concorrência no
bolso e na mão.
Gracioso
– E, nesse futuro ró-
seo, vocês não veem o risco de
uma Internetbras da vida?
JRWP
– O Estado tomar conta da
internet?
Tripoli
– Acho que a internet
é mais forte do que isso, talvez
esteja sendo um pouco românti-
co; omodelo da internet nasceu
tecnicamente democrático, des-
centralizado, mesmo os países
quemais tentam restringir, como
Iran e China, não conseguem.
JRWP
– É como enjaular fumaça.
Tripoli
– No mercado america-
no – principalmente por causa da
crise – vê-se um esvaziamento de
algumas cadeias físicas de varejo
que diminuíram o tamanho das
lojas, a área de prateleiras – por
causa da internet. Nos Estados
Unidos o varejo físico já perdeu
para a internet. Você entra em
algumas lojas e o vendedor diz
“esse produto, só no site, não tem
aqui”. A área de prateleiras, ou
seja, o número que você tem na
internet é realmente ilimitado e
na loja física não é.Você acha um
pendrive noWalmart, – que está
empromoçãoporque importouda
Chinaum lote, –está fazendouma
queima e jogando iscaparaoutros
produtos; mas você vai achar 250
pendrives noWalmart.com.
JRWP
– Isso ainda não ocorre
no Brasil.
Tripoli
–Mas vai acontecer logo.
Fábia
–Na internet, você compra
um produto, aparece “se você
comprou esse produto, existem
outros relacionados”. Isso é um
enorme conforto!No supermerca-
do, naquelas gôndolas, o macar-
rão está numa ponta, omolho de
tomate na outra. Contramão total.
Gracioso
–Queria levantar um
ponto que ficou de lado: o que
os nossos alunos têm a ver com o
mundo digital?
Fábia
– Eles são digitais, têm um
chip.
Gracioso
– Gostaria de que
vocês, pensando nos jovens, dis-
sessem o que eles podem esperar
dessemundo lá fora.
Lobianco
–Acondiçãoparavocê
ser mão de obra para a internet é
viver a internet. A revolução ocor-
reu para mim, que tive disco de
vinil, não paraminha filha, que já
nasceudentrodanaturezado iPod.
