Setembro_2009 - page 87

A rede que
informa, diverte, aproxima e vende
setembro
/
outubro
de
2009 – R e v i s t a d a E S P M
87
}
Opreçodoprodutoera6 reaispagos
em12prestaçõesde50centavos...
~
do“euquerocompraralgumacoisa,
e quero agora”. A internet trouxe
imediatismoaummundoacelerado;
as pessoas querem, querem agora e
precisam resolver.O fatodeagente
conseguir, num pequeno celular,
buscar a informação, gera conhe-
cimento; conectar com as pessoas
e gerar relacionamento - acho que
comprar émais difícil. Não se con-
segue fazer uma compra ou um In-
ternetBankingdecente,nocelular...
JRWP
–Évocêqueestáchamando
de celular...
Lobianco
– São Smart Phones.
JRWP
–Daqui a pouco vai mudar
onome. SeráoPortable Intelligent
Personal Device...
Waengertner
– Creio que a
internet vai ficar mais impercep-
tível na medida em que se torna
mais constante na nossa vida. Ela
vai sair do desktop, do computa-
dor, do lar, do escritório e estará
circulando em todas as atividades
do nosso cotidiano. Por trás disso
haveráumamassanuncaantes ge-
radadedados, e todos esses dados
fazemcomquenós, decomunica-
ção, passemos a ser cada vezmais
estatísticos.Teremos de lidar com
dados e começar a ver tendências
de comportamento, tendências de
consumo; praticamente todas as
atividades de alguma maneira ou
de outra vão poder ser medidas
e vamos tomar decisões a partir
desses dados.
Tripoli
– Por mais que falemos
que, no futuro, a internet vai desa-
parecer e deixar de ser mais uma
prótese, que você percebe; ela
simplesmente existe, assim como
você liga a luz ou o gás da sua
casa, a internet não estará só no
computador, mas na geladeira,
no fogão; são os objetos que
acabam tendo uma inteligência
a partir de uma redemundial que
é invisível e presente em todos os
momentos. Na comunicação este
é um grande problema, principal-
mente os grandes anunciantes,
colocam a comunicação dentro
de caixinhas – eu vou numa reu-
nião hoje com um cliente meu e
tem oito fornecedores na sala, aí
o anunciante diz “cada um no
seu quadrado” – como aquela
música, – só que a estratégia de
comunicação hoje não é mais
assim; ela começa na internet vai
para o varejo, começa no varejo
vai para a televisão, está tudo
muito próximo. E as disciplinas
de comunicação – e os canais de
comunicação – também não são
mais como eram. O problema é
que toda a estrutura de comu-
nicação das grandes marcas, as
áreas de marketing, a maneira
como estão acostumadas a con-
tratar ainda não mudou. Existe
um gap gigantesco entre como o
consumidor se comporta e o que
as empresas estão fazendo. O
último elodessa cadeia chama-se
agência de propaganda.
Gracioso
– É amais arredia.
Guasti
– Ela está centrada num
modelo de negócio que ganhou
muito dinheiro com o
status quo
.
Tripoli
–As agências e os veícu-
los só estãodiscutindo amudança
porque o consumidor pressiona,
muda os hábitos, isso vai para o
anunciante e o anunciante pede
para a agência...
JRWP
– Enfraquecede certa forma
o veículo, pelomenos os veículos
tradicionais.
Guasti
– No comércio eletrô-
nico, as pessoas vão mudando o
hábito. É inadmissível – como se
falouhápouco–umapessoacom-
prar umprodutodevalor agregado
e não passar na internet para pes-
quisar pelomenos características,
opiniões de outros consumidores,
preço, uma loja off-line. E,muitas
vezes, seesseconsumidor não tem
ainda o hábito de comprar pela
internet, ele vai imprimir, vai se
municiar de informações e romper
com o varejo tradicional. Temos
pesquisas queapontamque, apro-
ximadamente, 40% de pessoas
que fazem compras pela internet
vieram de uma loja física. Acho
queo futuro é a convergência.No
Brasil já chegamos a quase 170
milhões de telefones celulares.
Brasília tem um telefone e meio
para cada habitante e São Paulo
tem um para cada um. Vamos
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