Setembro_2009 - page 81

A rede que
informa, diverte, aproxima e vende
setembro
/
outubro
de
2009 – R e v i s t a d a E S P M
81
}
50 lojas são responsáveispor 90%
do faturamento, aqui noBrasil.
~
digma. Mas pelo meu trabalho,
volta e meia preciso de livros
que não encontro nas livrarias.
Criou-se um site chamado Es-
tante Virtual – que vocês devem
conhecer – e que reúne centenas
talvez ou milhares de pequenas
livrarias e “sebos”. Você vai lá
e digita “quero o livro História
do Marketing, uma Experiência
Brasileira, do professor Francis-
co Gracioso que está esgotado”,
imediatamente você encontra,
o site informa onde o livro está
e quanto custa. Gostaria de que
falassem um pouco sobre essa
questão do grande e pequeno
varejo no e-commerce.
Lobianco
– Se você já teve a
experiência de comprar livros
usados na Amazon, o conceito
também é parecido. Não sei se
a relação é essa, mas acho que
desses 10 bi de total, 20 lojas
concentram 60% dos negócios.
Guasti
– Soltamos no relatório
essa semana, émuitomais; 50 lo-
jas deumuniversoque estimamos
de cincomil lojas, legalmente es-
tabelecidas noBrasil, que emitem
nota fiscal; 50 lojas são respon-
sáveis por 90% do faturamento,
aqui no Brasil.
Fábia
– E oMercado Livre?
Guasti
– O Mercado Livre não
está nesse universo.
Fábia
– O pequeno varejo nor-
malmente está dentro de umma-
rket placemaior, comoomercado
livre. SãoosHubs, alguémque faz
essapartede infraestruturae estão
reunidos ali.
JRWP
–Temalgoaver comaquele
livro
A cauda longa
?
Waengertner
– Ia justamente
fazer esse comentário. Um dado
que me chamou a atenção numa
pesquisa do e-bit é que, dos 50
varejistas, todas as categorias
perderam pontinhos percentuais
departicipaçãoequemganhou foi
justamente a cauda longa, aquele
pequeno varejista que vende vi-
nho, artesanato etc. Esses peque-
nos comércios estãocomeçandoa
crescer para tornar-se uma massa
nova de varejistas.
Fábia
– Pequenas e médias em-
presas já tinham uma presença
institucional na internet via SE-
BRAE. Hoje é comum a pessoa
ter um serviço de hosting, alguém
que fezumapáginapara ela; a se-
gunda fase disso é ter uma página
com um endereço, um telefone e
um caminho de e-mail onde você
pode fazer contato; os buscadores
e o próprio trabalho do Buscapé
que fez um caminho ao contrário
e foi buscar o pequeno varejista.
JRWP
–OBuscapé oferece a você
comparação de preços, mas, na
realidade, quando você vai lá, a
escolha é enorme.
Fábia
–OBuscapé fez uma coisa
inusitada no Brasil, que foi o ca-
minho inverso: buscar o pequeno
varejista e dizer “se você vier, eu
mando as pessoas para a sua loja,
não precisa, necessariamente,
você comprar online”.
JRWP
– E onde o Buscapé ganha?
Fábia
– Com omodelo de anún-
cio e os clicks...
JRWP
– Então, quando um peque-
no varejista vende a suamercado-
ria por meio de uma consulta do
Buscapé, ele pode saber que foi
resultado daquela consulta?
Fábia
– Ele vai saber. A visita é
enviada para a loja dele. Hoje,
vemosmuitos pequenos varejistas
com uma presença naweb, e que
não precisa ser nada sofisticada,
mas muito simples; muitas vezes
o contato é feito por telefone e a
venda é convertida off-line, mas
o que levou àquela venda foi a
presença na internet.
Gracioso
– Nunca fui varejista
– mas falando por eles – o que
mais deve desagradar o varejista
convencional é competir, exclusi-
vamente, na base do preço; todos
procuram, de uma forma ou de
outra, uma imagem, um nicho,
um serviço, qualquer coisa que
permitaque concorram emoutros
aspectos que não exclusivamen-
te no preço. No e-commerce,
principalmente pelos buscadores
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