Setembro_2009 - page 109

Eduardo
Tomiya
setembro
/
outubro
de
2009 – R e v i s t a d a E S P M
109
pode se transformar em um vetor de
construçãode imagem e, sobretu-
do, de fidelização. E isto valepara
o e-commerce.
AAldeiaGlobal:
doconsumidor
àscomunidades edos
benefíciosdos produ-
tos àscausas.
Assim como o shopper conversa
com outros sobre lojas, produ-
tos, preços, atendimento etc., o
e-shopper compartilha as suas
experiências.
Os sites de vendas e outros portais
são lugares de encontro virtual que
favorecem oboca-a-boca.
Assim, orelacionamen-
todeuma loja virtual
muitas vezes sedácom
umacomunidadeenão
sócomumconsumidor.
E aqui nasce um outro elemento
importantíssimo a ser levado em
conta: as emoções presentes nas
comunidades geralmente assumem
forma de “causa”.
Afinal, oque nucleia os integrantes
de um grupo é isso, a identificação
com um ideal comum – Freud o
explica claramente em
Psicologia
dasmassas
e
Análise do eu
.
Noâmbitodoconsumo,vemosque,
com frequência, os participantes
mais entusiastas de um espaço vir-
tual compartilhamalgumobjetivoe,
3
nas formas como as empresas
enxergam o consumidor, que
sempre evoluemmais rápido que
o marketing. Isso vale também
para o olhar que norteia as pes-
quisas como consumidor, porque
só vemos e ouvimos aquilo que
estamos prontos para ver e ouvir.
O e-commerce pode ser sim-
plesmente mais um canal ao
qual as empresas não terão outro
remédio senão se acostumarem;
porém, também pode ser uma
grande e nova forma de capita-
lizar as oportunidades que todos
os dias lhes oferece esse grande
e precioso inimigo.
MarceloAngeletti
Prof. doNúcleo de Estudos do
Varejo da ESPM
ES
PM
paradigmas
mudançade
e-shoppers são compra-
dores que comparam,
pechincham e nivelam
para baixoos preços no
e-commerce.
s
especialmente, certas percepções e
emoções com as quais a categoria
de que se trata está associada.
E para mostrar um exemplo, a Fiat –
comojáfaziaaNike–estáunindoconsu-
midoresemtornoda“causa”doproduto
feitopelopúblicowww.fiatmio.cc
OBoticário, varejistabrasileiroque
já é multinacional, vem aprimo-
rando as suas estratégias com as
comunidadese sabequeé láque se
encontramospossíveisevangelistas
da suamarca.Aempresacontacom
um departamento exclusivamente
dedicado a isso, o que lhe traz óti-
mos resultadosem termosdemarca,
comunicação e negócios.
Essasestratégias são
exemplosdecomohoje
épossível trabalhar
comnovosparadigmas,
passando da oferta de benefícios ao
consumidor (oqueébomparamim),
paraumacausa (oqueébomparanós
todos), e de tomar os consumidores
como os objetos da comunicação a
sujeitos que falarão e atuarão como
verdadeiros evangelistas.
Não são teorias, não é nada de im-
possível, são oportunidades claras
que só requerem uma
1...,99,100,101,102,103,104,105,106,107,108 110,111,112,113,114,115,116,117,118,119,...124
Powered by FlippingBook