Entrevista
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R E V I S T A D A E S P M –
JULHO
/
AGOSTO
DE
2008
Bradesco era um banco paternalista
e procurava tratar seus funcionários
como uma grande família. Mas o
paternalismo saiudemoda – não sei
se justaou injustamente–masmuitas
empresas chegaram à conclusão de
queosprincípiosdopaternalismonão
secoadunamcomanecessidademo-
dernadeavaliaçãodeperformance,de
rapidez nos movimentos, nas ações,
inovaçãoemudanças constantes. Sei
quehojeoBradesconão é tãopater-
nalistacomonaquele tempo,masque
evoluçãoocorreu?
JÚLIO
– No início, como éramos
umbancopequeno, isso funcionava.
Hoje, existe avaliação de desem-
penho, as pessoas são avaliadas, o
resultado de cada segmento, cada
área, cada agência, cada gerente de
contadePFouPJ, tudo issoéavaliado;
mas eu diria que continua havendo
uma tendênciade tentar desenvolver
as pessoas aomáximo. Por exemplo,
numprocesso recente de
assessment
de candidatos a gerentes de agência,
escolhemososque tinham tidomenor
desempenhoeprocuramos recuperar
a sua habilidade, desenvolver mais
suas competências, já que elas estão
conoscoháalgum tempoe jáassimi-
laram a cultura da casa – em vez de
simplesmentedescartá-las.Mas,além
de fazer isso, nós avaliamos e cobra-
mos desempenho; temos de cumprir
objetivos.Aliás, falandoemOlimpía-
das, mandamos 360 pessoas para a
China – os funcionários que tiveram
melhor desempenhoem2007.
GRACIOSO
– Quantos funcionários
temoBradesco?
JÚLIO
– Sóobanco tem65mil fun-
cionários.
GRACIOSO
–Eos terceirizados...
JÚLIO
– Considerando todas as em-
presas ligadasaoGrupoe tambémas
nossas duas fundações – a Fundação
Bradesco e o Hospital Professor Ed-
mundoVasconcelos – somos88mil.
JRWP
–Asfundaçõessãoumaopçãode
carreiraparaos funcionáriosdobanco?
JÚLIO
–Aminhamulher trabalhana
Fundação Bradesco e eu mesmo já
trabalhei lá.
JRWP
– Há oportunidades na área
internacional para funcionários do
Bradesco?
JÚLIO
– Temos 3.200 agências no
Brasil, mas, fora do país, para dar
“COMOEXPLICAR
UMNOVOPRODUTO,
RAPIDAMENTE, A65
MILPESSOAS?”
“VOCÊNÃOMUDAA
ALMADOBANCO, MAS
TEMDEATUALIZAR.”
