Janeiro_2007 - page 25

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R E V I S T A D A E S P M –
JANEIRO
/
FEVEREIRO
DE
2007
de seu trabalho, de sua colaboração,
de sua criatividade. Sentem que são
co-autoras. Assim elas elegem a sua
empresa como uma das melhores
empresaspara se trabalhar.
Asmesmaspessoassentemnecessidade
de saberqueaempresacomqueestão
envolvidasatéamedulaestápreocupada
com a sociedade e comomeio-ambi-
ente. Nomomento emque essa preo-
cupaçãosetornaumapráticadentrodas
empresas, ao envolver os funcionários
e fazer comqueentremcom suaparte
nas ações de responsabilidade social e
ecológica,funcionacomosocializadora,
ampliadoradavivênciadessaespirituali-
dade simplese sutil, entranhadacoma
Terraeseushabitantes.
Responsabilidade com o desenvolvi-
mentosocialecomasaúdedoplaneta
nãoécumprirmeiadúziadepropósi-
tosquecoloquemaempresano time
dos “cumpridores politicamente cor-
retos”, e aomesmo tempo continuar
a serduraecartesianaem suaprática
diária de negócios. Ser responsável
é também uma prática espiritual, é
CELSONUCCI
É jornalista, assessor da
presidência daRadiobrás.
-
colocaroserhumanoqueestá forada
empresa também em primeiro lugar,
é rever práticas internas que modi-
fiquem pontos fracos no tangencia-
mentoda empresa com a sociedade.
É realizareexpandiraconsciênciade
queumaempresa fazpartedogrande
organismo formado pela Terra, pela
sociedadeepelossereshumanosque
estão dentro e fora de suas paredes,
como funcionárioseconsumidores.É
recusarodesenvolvimentoaqualquer
custoquedestrói,aospoucos,asocie-
dadeeoplaneta.
Se uma empresa vive essa espiri-
tualidade simples e fundamental,
as questões morais e éticas internas
da empresa e as referentes às suas
relações com a sociedade tornam-
se muito mais claras para todos. Os
parâmetros morais e éticos adotados
pela empresa passam a ser valores
compartilhados, todossesentem tam-
bémautoresdosdocumentosescritos,
dos códigos de ética e de comporta-
mentoeseenvolvem,ativamente,em
suaaplicação.
Quandooespíritodaempresaaflora,
ela passa a ter um ambiente de tra-
balho amigo e acolhedor, a ser uma
comunidade que sabe respeitar as
diferenças, a viver e promover uma
vida mais simples. Ela passa a não
ter mais lugar para pessoas que se
dão demasiada importância e que
supõem ser muito melhores do que
as outras, e passa a vivermuitomais
a solidariedade e a fraternidade. É
quando uma empresa está cheia de
espiritualidade.
Responsabilidadecomo
desenvolvimentosocial e
comasaúdedoplanetanão
écumprirmeiadúziade
propósitosquecoloquem
aempresano timedos
“cumpridorespoliticamente
corretos”.
F
ES
PM
ser geradas apartir daí.Os programas
de treinamento e desenvolvimento
passam a ser discutidos com todos os
funcionários; cada um desenvolve a
capacidadedeauto-análiseeidentifica
seuspontos fracosesuasnecessidades
de desenvolvimento. O crescimento
de cada um amplia a consciência
individual eacoletiva.
Um processo como esse provoca
reações em cadeia, que levam as
pessoas a um envolvimento forte e
natural com a empresa: é quando
elas se sentem felizes, crescendoe se
desenvolvendodemodo integral,sem
a velha esquizofrenia entre vida pes-
soal e vida profissional. Dessemodo
seconstróioorgulhodaspessoaspelo
que fazem e pela empresa na qual
trabalham. É quando as pessoas sen-
temque a empresa é realmente fruto
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