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JANEIRO
/
FEVEREIRO
DE
2007 – R E V I S T A D A E S P M
Celso
Nucci
Trabalhei por muitos anos em uma
grande empresa brasileira, compa-
nhiadepontaemsuaespecialidade,
cuja característica marcante era
ser muito boa naquilo que fazia.
Pairava no ambiente de trabalho
umavisãomaterialista,orgulhosada
alta qualidade produzida, colorida
depresunçãoearrogância. Erauma
empresa em que as chefias tinham
um alto grau de liberdade, essas
pessoas, portanto, se divertiam no
trabalho.Deoutro ladohaviamuitas
pessoas infelizes,geralmentechefia-
das pelos felizes.
Eu participava ativamente dessa
vida; por muitos anos fui feliz ali,
mas sempre com uma ponta de
preocupação por conviver com esse
paradoxoentre felicidadedeunspou-
cose infelicidadedemuitosoutrosno
mesmoambientede trabalho.Aquela
era uma empresa “dura”. Cultivava a
superior qualidade de seus produtos
e tratava seus funcionários com uma
correção formalperfeita.Maspermitia
que chefias criassem verdadeiros in-
fernosparticularesoudepartamentais
para seus funcionários. Era materia-
lista na acepção da palavra. Aquela
empresaprecisavadesabrochar o seu
espírito.
Ao longodo tempo fui trabalhando
o meu processo pessoal de aper-
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