Janeiro_2007 - page 21

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R E V I S T A D A E S P M –
JANEIRO
/
FEVEREIRO
DE
2007
O espírito da (nas)
empresas
o fato de sua empresa nunca ter
sido sequer mencionada nesses
certames. Eu conhecia bem sua
empresaedisseaelequenãoficava
surpresocomaquele resultado,pois
achava que havia um baixíssimo
grau de solidariedade entre seus
funcionários. Esse era, para mim,
apenas umpequeno sinal dequeas
pessoas ali não eram felizes e que
não iriam eleger, tão cedo, aquela
empresa como omelhor lugar para
se trabalhar.
Penso que as empresas em que as
pessoas se sentemmais felizes são
aquelasquetêmumgraudeconsciência
mais elevado. Perdoem-me a licença
decriar aqui uma“consciênciaempre-
sarial”.Nãointeressaagorasaberseesse
estado que eu chamo de consciência
empresarial é gerado pela consciência
individual de uma pessoa, geralmente
o líder máximo, ou de um grupo de
pessoassintonizadascomoobjetivode
realizaragestãoempresarialcomouma
questãodeconsciência.Masa tradição
empresarial brasileira, pelo menos a
construída nas três ou quatro últimas
décadas, é baseada na dureza, num
comportamento que parece descartar
a evoluçãoda consciência e cultivar a
rigidezmaterialistadopurodesenvolvi-
mento tecnológico.
Empresas com grau de consciência
mais elevado sãonecessárias nessa
quadra do desenvolvimento huma-
no. No século XXI, o desenvolvi-
mento da consciência, no âmbito
empresarial, torna-secadavezmais
um instrumento indispensável para
a própria viabilidade das empresas
emummundoem intensamutação.
Hámovimentos fortesnessadireção
que começam a se fazer presentes
emmuitascompanhias.Oquese re-
solveu chamar de responsabilidade
social é de longe o mais presente,
emboramuitas incursõesdeempre-
sasnessaáreaestejam funcionando
mais como uma moda de gestão,
como algo que permite à empresa
não ficar para trás – todos estão
fazendo; vamos fazer também – a
estar atualizada com a prática de
uma postura politicamente correta.
OQUE ERA
CONSIDERADO
SONHOTORNA-SE
NECESSIDADEVITAL
Mas a tradição empresa-
rial brasileira, pelomenos
a construída nas três ou
quatro últimas décadas,
é baseada na dureza,
num comportamento que
parece descartar a evo-
lução da consciência e
cultivar a rigidezmate-
rialista do puro desen-
volvimento tecnológico.
F
Penso que as empresas
em que as pessoas se
sentemmais felizes são
aquelas que têm um grau
de consciênciamais
elevado.
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