 
          Neil
        
        
          Rackham
        
        
          e John
        
        
          DeVincentis
        
        
          
            77
          
        
        
          M A I O
        
        
          /
        
        
          J U N H O
        
        
          D E
        
        
          2 0 0 5 – R E V I S T A D A E S PM
        
        
          “Talvez tenhachegadoahorade
        
        
          respondermosàperguntamais
        
        
          básicade todas: Qual éa razão
        
        
          para  se teruma forçadevendas?”
        
        
          Durante muitos anos, as forças de
        
        
          vendas existiram com o propósito
        
        
          de comunicar o valor das ofertas
        
        
          de produtos e serviços das empre-
        
        
          sas.Todavia, enquanto a equipede
        
        
          vendas preenchia totalmente esta
        
        
          função, uma grande mudança já
        
        
          vinha sacudindo omundo dos ne-
        
        
          gócios.Outras funções–produção,
        
        
          engenharia, desenvolvimento de
        
        
          produto, e até mesmo recursos
        
        
          humanos–há temposvêmsofrendo
        
        
          processos de reestruturação e
        
        
          realinhamento com o objetivo de
        
        
          criar mais valor para os clientes.
        
        
          Atividades que não agregam valor
        
        
          estão sendo reduzidas, ajustadasou
        
        
          eliminadas.
        
        
          Essasnovas formasde trabalhar, tais
        
        
          como, melhoria contínua, reenge-
        
        
          nharia dos processos, Kaizen, e
        
        
          times autogerenciáveis (TAG), es-
        
        
          tão sendo introduzidas paracontri-
        
        
          buir na criaçãodeprodutos de alta
        
        
          qualidade e serviços mais baratos
        
        
          e eficicazes. Ou seja: outras fun-
        
        
          çõesse tornaramcriadorasdevalor,
        
        
          conscientes.Nasempresasdehoje,
        
        
          é difícil para as funções e até
        
        
          mesmo para os indivíduos
        
        
          sobreviverem – e é impossível que
        
        
          eles prosperem – a não ser que
        
        
          agreguemvalorparaosclientes, de
        
        
          uma forma clara.
        
        
          Nomundodeontem,eraadmissível
        
        
          a contra-argumenção pela simples
        
        
          comunicação sobre os novos
        
        
          produtos para os clientes: esta era
        
        
          a forma antiga pela qual a força de
        
        
          vendas estava, efetivamente, agre-
        
        
          gando valor. “Nós éramos muito
        
        
          úteis para os médicos porque os
        
        
          informávamos a respeito dos últi-
        
        
          mos medicamentos”, disse um
        
        
          representante farmacêutico. “Nós
        
        
          falávamos a respeito das novas
        
        
          alternativasqueaindanãoestavam
        
        
          disponíveis nos livros de referência
        
        
          do mercado. Sem a nossa infor-
        
        
          mação, os médicos ficavam,
        
        
          rapidamente, desatualizados”.
        
        
          A tendênciahoje édequeos com-
        
        
          pradores tenham as mesmas infor-
        
        
          maçõesa respeitodosprodutosque
        
        
          os profissionais que estão ven-
        
        
          dendo. O advento da especializa-
        
        
          ção na medicina, por exemplo,
        
        
          resultou na participação demuitos
        
        
          médicos, em testes clínicos, apren-
        
        
          dendo sobre os efeitos de novos
        
        
          medicamentos, antes mesmo de
        
        
          eles serem aprovados para lança-
        
        
          mento nomercado.
        
        
          Compradores em outras indústrias
        
        
          também sãomais bem informados
        
        
          doquecostumavam ser.Hoje, com
        
        
          muita informação acessível sobre
        
        
          quase tudo, a real necessidade por
        
        
          um profissional de vendas
        
        
          altamente
        
        
          qualificado
        
        
          e,
        
        
          conseqüentemente, caro está
        
        
          sendo cada vezmais questionada.
        
        
          A“onipresença”da informaçãonão
        
        
          é a única força transformadora da
        
        
          função de vendas. Outra força é a
        
        
          diminuição da diferença entre
        
        
          produtos. Conformeos produtos se
        
        
          transformam em
        
        
          
            commodities
          
        
        
          , as
        
        
          suas características passam a ter
        
        
          Oadventodaespecializaçãonamedicina,porexemplo, resultounaparticipação
        
        
          demuitosmédicos,em testesclínicos,  aprendendosobreosefeitosdenovos
        
        
          medicamentos,antesmesmodeelesseremaprovadospara lançamentonomercado.
        
        
          D