Janeiro_2005 - page 102

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REV I STA DA ESPM–
J A N E I RO
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F E V E R E I RO
D E
2005
Case-
Study
1.
EMPREENDEDORISMO
EARTENAALTACOSTURA
Christian Dior, como muitos em-
preendedores,amargoudificuldades
no caminhoque o levaria à posição
degrande íconedaaltacostura.Não
conseguiu concretizar sua paixão
pela arquitetura; e depois de pós-
graduar-se em Ciências Políticas, a
galeria de arte que abriu e em que
chegou a exibir pintores de fama foi
arrasada pela crise financeira de
1929. Esse criativo e determinado
francês, da Normandia, passou a
desenharmodaparacasasdecostura
parisienses. Reconhecido, tornou-se
designer
dos renomados Robert
Piguet e Lucien Lelong. Em 1946, o
milionário da indústria textilMarcel
Boussac percebeu o potencial de
Dior e financiou a instalação da
maison
Dior num endereço que
ficaria famoso e abriga a empresa
até hoje, a Avenue Montaigne, 30,
em Paris. O clima em seguida à 2ª
Guerra Mundial era propício para
suas inovações. A economia, a cul-
tura e os sentimentos se reconstruí-
am depois de uma guerra sangrenta
em que, pela primeira vez, cidades
inteiras foram alvo de bombardeios
de ambas as partes. Em 12 de
fevereiro de 1947, Christian Dior
apresentou sua primeira coleção.
Carmel Snow, editorada revista
Har-
per´s Bazaar
, ao vê-la, exclamou
“It´s a new look!”. Ao contrário da
modapráticada igualmente icônica
CocoChannel, oNewLookdeDior
valorizava a feminilidade e o
gla-
mour
,nummomentoemqueomun-
do ansiava por alegrias e emoções.
O “tailleur Bar”, o mais famoso da
coleção, sugeria a extravagância
luxuosa que caracterizou a marca
REPOSICIONAMENTODEMARCANOSETORDELUXO
Dior tornou-seuma referênciadaaltacosturaeaempresa,
diretamenteousob licenças, passouaatuarnosmais importantes
mercadosdomundo.
Foto: Corbis/Stockphotos
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