Janeiro_2005 - page 112

Orivaldo
O. Gallasso
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J U L H O
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A G O S T O
D E
2 0 0 4 – R E V I S T A D A E S PM
ES
PM
suas capacidades financeiras. Esses
processos, característicos das etapas
de
experiências
,
expectativas
e
le-
vantamento
de
alternativas,
criaram
as condições da compra por im-
pulso.
Os dados e as reflexões nos permi-
tem apontar que pode ser teórica e
praticamente vantajoso utilizar-se a
expressão
compras por impulso
, em
vez de
compradores impulsivos.
Consumo de acesso
MARISTELAGUIMARÃESANDRÉ
pág. 56
Consumodeacessonãoéumanova
categoria de análise teórica, mas
ummodo de se olhar para um dos
processos mais significativos de ex-
pressão da subjetividade: o con-
sumo.
Quantomais se expandeomercado
consumidor na diversificação de
bens e serviços, mais desafiadora
torna-se a questão da proeminência
da chamada “cultura” de consumo
(Mike Featherstone).
Neste início de século XXI, atraves-
sado pelas contradições finalizadoras
do modo capitalista de produção
econômica, o consumo não é mais
um jogo de soma zero entre a
satisfação das necessidades e o reco-
nhecimentodo
status
social pormeio
da exibição e conservação das
diferenças representadas pela mani-
pulação ativa dos signos, como dizia
o filósofo francês Jean Baudrillard.
Oconsumo se revestedeum sentido
deposseque transcende a condição
de circulação e troca de bens para
estabelecer as virtudes evicissitudes
de novos tipos de vínculos e limites
para as relações humanas, para o
bem e para o mal, dependendo do
jogo de forças do mercado.
Acrisedomarketing
AVELARVASCONCELOS
pág. 72
Acrisedomarketing sucedeuàcrise
da propaganda e com ela permane-
ce nos dias de hoje, em paralelo.
Ela passa pelo desvirtuamento da
principal finalidade do marketing e
se reflete nas estruturas existentes
hoje em dia. A função do “Product
Manager” ou “Brand Manager” foi
submergida, por um lado, pela com-
plexidade crescente domercado em
permanente mutação e, por outro
lado, foi acelerada pela defasagem
entreoqueasUniversidadesensinam
e o que o mercado, de fato, exige.
No entanto, apesar das debilidades
quevemapontandoao longodosúlti-
mos anos, que o tem levado, em
muitasEmpresas, auma funçãoaces-
sória, o marketing continua, em es-
sência, fundamental para o de-
senvolvimento dos negócios em
qualquer área econômica. O mar-
ketingnãoépartedonegócio, omar-
keting é, e tem de ser, ONegócio.
Mas, para tanto, énecessário repen-
saralgunsconceitos importantes, tais
como “People” e seus perfis, estru-
tura de marketing nas empresas, o
“MarketingManagement”, a função
exata do produto, das marcas e, fi-
nalmente, a comunicação.
Em termos de solução
deproblemas,
marketingnãoexiste!
(mascriatividade, sim)
ROBERTOMENNABARRETO
pág. 80
O autor defende a posição de que
utilizar a linha de raciocínio de que
o marketing não exista é, parado-
xalmente, amelhor emaisprodutiva
forma de se entender o que seja o
próprio marketing.
A própria especificidade de cada
umadas complexas áreas de conhe-
cimento, relacionadas com a ati-
vidade, leva à conclusão de que,
nemmesmo um gênio renascentista
poderia abrigá-las a todas emerecer
o nome de “profissional de marke-
ting”. A comparação mais próxima
para ele seria a do estrategista, que
conhece a fundo os aspectos téc-
nicos da estratégia, e que seja, além
disso, imprescindivelmente, cria-
tivo. Um indivíduo que consiga
operar – emmarketing ou qualquer
profissão–com99%depensamento
abstrato (técnico) e 1% de pensa-
mento concreto (intuitivo e criativo)
realmente alcançou o que chama
de otimização do pensamento. Mas
não há,
na prática,
“especialistas”
ou “serviços” demarketing queme-
reçam, legitimamente, essa desig-
nação. No entanto, o conceito de
marketing – e o seu ensino
são
importantíssimos para se
pensar
o
processo contínuo e integrado
de,
comoprodutospodem ser, vitoriosa-
mente, planejados e vendidos.
J A N E I RO
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