Setembro_2009 - page 58

R e v i s t a d a E S P M –
setembro
/
outubro
de
2009
58
LeROI
est nu
¸
s conteúdos geradospor usuários
(UGC, na sigla em inglês) estão
invadindo a programação das mídias
demassa, notoriamenteaTVabertae
aTVfechada.Podemoscitartrêsfatores
comoprincipaisparaeste fenômeno:
Econômico
:
éconteúdobarato,
quandonãodegraça.
Cultural
:
estánamoda;um re-
fluxodos padrões danovamídiae
danova linguagemqueéa internet.
Social
:
aspessoasquerem falar,
ver e seremvistas; vale tudopara
ter seus 15 segundos de fama, do já
banalizado nu à vergonha alheia da
exploraçãodesuasprópriasbizarrices,
bemcomoàsdeoutrem,passandopela
inaceitávelviolênciacontraanimaisin-
defesosevandalismoscomanatureza
ea
respublicae
(coisapública).
O poderda internet
expõeas feridas
Vale registrar que a democratização
do acesso à tecnologia e, consequen-
temente, à voz, expõe inúmeras e
determinadasmazelasda formaçãode
nossopovo,mas émagníficover pes-
soas que antes jamais seriam ouvidas
teremvozeveznamídia.Como toda
novidade, acabam ‘se lambuzando’ e,
ainda, por não saber nemoque fazer
com esse poder, o subutilizando com
superficialidades.
Mas já vimos fenômenos parecidos
antes na história da comunicação,
quando o clero perdeu seu mono-
pólio para a elite econômica com o
advento da prensa móvel de J. Gu-
temberg, redefinindoaconcentração
do poder pela democratização da
informação, leia-se poder; algo que
podemos afirmar claramente que
acontece também nestes tempos de
descentralização por meio da inter-
net, sendo este seumaior conceito.
A internet é nova mídia hegemônica
nãoporcentralizar receitaouatenção,
mas justamenteporperpassar todasas
demaismídias e as unir em rede, en-
globandoatodoseinfluenciando,sem
limite, linguagemeestratégias.
Descentralização da produção de
conteúdo leva a um novo papel das
mídias; mais que produzir – apurar
e fazer o
assemblage
, conferindo
credibilidade àmistura e unidade ao
conjuntoproduzidodemaneiraisolada
edescentralizada.
A internet faz
usodo poderdaTV
Ninguémveriaovídeodefulano,exce-
to secaíssenomousedos formadores
de opinião do meio virtual – comu-
mente
blogueiros
e/ou
twitteiros
, em
suma,oshubssociaisqueporsuavasta
redeeigualmentevastainfluêncianela
disseminamum link talqualepidemia
(daío termo
viral
, sóparaconstar)–ou
sepassarnaTV.
Se o programa X veicula, tem-se a
chanceladecredibilidadeeoalcance
tradicionais das grandes redes, que
aindainfluenciamamassamesmoque
cadavezmenos.
Temosentãoamassatodaconvergindo
a partir da emissão de um ponto, en-
quantoque,nadisseminaçãoviaweb,
istoocorredamaneiraacimadescrita,
mas vale ressaltar queambosnecessi-
tamdosmesmos fatores:credibilidade
geradaporumachancelamaispróxima
queumagrandecorporação,oamigo,
oconhecidoouacelebridadequeestá
aum tweetdedistância.
Sobreo item relevânciaque tanto fun-
damentaa interaçãonaweb:nomeio
digital continua valendo, pois é ação
}
Oconteúdogeradopelousuáriovai paraaTVporqueébaratoe tem
força.Cabeanós saber oque fazer comesta força, atravésdoenfoqueque
damos, doque sintonizamos edaquiloque, aoconsumir, incentivamos.
~
Aproveitandoa
invasãodeUGCnas
eumaanáliseparaa
colaboração:
trêsrazões
mídiasdemassa
O
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3
1...,48,49,50,51,52,53,54,55,56,57 59,60,61,62,63,64,65,66,67,68,...124
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