Klaus
Denecke-Rabello
setembro
/
outubro
de
2009 – R e v i s t a d a E S P M
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Não são apenas acionistas e famí-
lias proprietárias de mídia que não
gostam do que estão vendo: novas
mídias diretas, que corroem poder,
faturamento, jornalismocommoditye
adesmoralizadaagendasetting–mas
que também levam à desvalorização
dos profissionais de comunicação
comoum todo. Este é um fenômeno
queatingea todosnós.
Comademocratizaçãoda tecnologia
e a necessidade de se obter receita
em tempos de crise, todo
micreiro
e
photoshopeiro
viroudesigner, diretor
dearteeoquemais for preciso.
Bem, doWordeda sagadavaloriza-
çãodos redatoresnem se fala.
Pequenas agências lutam para se di-
ferenciar de free-lancers, muitos dos
quais bons profissionais de concei-
tuadas agências médias-grandes que
completam o salário, reduzido pelo
excessodeoferta.
Afinal, como justificar valor no
meiodisto tudo–comoempresaou
profissional?
O caminho passa, necessariamente,
poruma redefiniçãodeatuação.Não
sepodecontinuarnomesmopasso,no
mesmocaminho, seasconfigurações
externas se alteraram. E da maneira
comque sealteraram.
Como toda mudança, há o período
do despertar da sonolência do anti-
go padrão, momentos de confusão,
desnorteamento, medo, acusações
mútuas entre partes que não são
opostasde fato.
Pensoquesedevaacalmarosânimos
e com sabedoria contemplar o mer-
cado, mostrando que há sim espaço
para todos, dentro, logicamente, de
ummínimodeéticaeorganização.
Aéticapassaprimeiramentepelosde-
tentores dosmeios de produção, dos
antigos barões da mídia e donos de
empresaseagências, quenãodevem
reagir impensadamente, baixando
salários eexpectativas.
A quantidade nunca vencerá a
qualidade e esta nova onda não se
sustentará sozinha, mesclar-se-á ao
que havia demelhor, forjando uma
terceira onda, mais estável, onde
empresas e bons profissionais se
encontram na crista da onda e da
pirâmide, cujas bases são a pro-
dução descentralizada e informal,
a qual terão o prazer de agregar,
avaliar, rotular, distribuir e comen-
tar, realimentandoofluxo contínuo
de uma sociedade da informação
cada vez mais conectada e menos
marginalizada.
Enquanto isto, damos um jeitopara
não ficarmos vendidos emmeio às
negociaçõespequenasdocotidiano;
certos de que fazemos parte de um
grandemomentoda história huma-
na. Rumamos para a explosão do
potencial da informação, que é a
consciência.
Contemplaravidasobesteaspectolhe
daráumnovo ânimopara apróxima
reunião. Evidencie este valor: visão,
planejamento, estratégia e poder de
condução estarão cada vezmais em
voganomar decolaboração.
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com uma informaçãoque o descreve e permite uma
classificação da informaçãobaseada em palavras-
chave.Acima uma nuvemde tags com termos
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MarkusAngermeiner
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