Setembro_2009 - page 48

Entrevista
R e v i s t a d a E S P M –
setembro
/
outubro
de
2009
48
¸
}
Ograndeméritoéqueamarcado
produtoestá
ondemand
.
~
fidelidade maior... Do que even­
tualmente com outro portal, no
caso de uma Sadia...
Gracioso – Isso me intriga,
quero ver como seencaixa.
Pedro–Vamospegarumexemplo
ligado à propaganda: comomulti-
plicar a propaganda, na internet,
comoamplificar?Vamos imaginaro
flight
de televisão e, quando se faz
isso, colocoum anúncionaTVpor
quinze dias, por exemplo, e, com
esse
flight
, cubroumadeterminada
audiência – que é a cobertura...
JRWP
–Reach: issoécoisaantiga...
Pedro – Então cubro uma deter-
minadapopulaçãoqueéum target,
70%, 80%, com uma frequência
média X. Isso é o que se chama
de “tiro ao alvo”: pegar uma faixa
de público e tentar bombardeá-lo
com uma determinada frequência,
ou seja, “esse vai assistir três ve-
zes, esse oito, esse uma”... Isso é
a chamada frequência média de
impactos, com a qual vou tentar
cobrir, digamos, 65% do público.
Assim se pensava TV. Acontece
que há um efeito mais importante
quenãoé tratadopelamídia: aboa
propagandaéaquelaquevai além,
quando as pessoas falam com as
outras a respeito dela.
JRWP –Naqual ele seenvolve...
algoque tempertinência....
Pedro – A boa propaganda é
aquelaque sepropaga... Écurioso,
mas a raiz da palavra é propagar...
Gracioso–Oprópriodestina-
tário, o assistente, se encarrega
de propagá-la: é isso que você
quer dizer.
Pedro – De passar a mensagem
adiante. Quando uma expressão
do tipo “issonãoéumaBrastemp”
entrananossa linguagem, estamos
propagando que Brastemp é uma
coisa que tem muito valor; não
falamosdosprodutosdaBrastemp,
maso tempo todopassamos adian-
te a mensagem de que Brastemp
é uma coisa que temmuito valor.
Não fazemos isso de maneira
consciente, estamos simplesmente
usandoanossa linguagem, naqual
incorporamos que Brastemp tem
muito valor. O que queromostrar
éque issonãoéexclusivoda inter-
net, e sim um fenômeno que não
está previsto na técnica demídia,
mas éalgoque todomundodeseja
napropaganda...Todopublicitário
quer fazer propaganda com esse
tipo de efeito, de resposta, de
mensagem,mas elenão temcomo
planejar isso.
Gracioso–Éo imponderável.
Pedro – Isso não está na técnica
demídia.Trabalhei nos programas
de otimização de mídia fazendo
tudo isso, mas não conheço e
nunca vi nenhuma técnica que
deflagrasse a propagação.
JRWP–Atéporque,dopontode
vista metodológico, era quase
impossível...
Pedro – Até mesmo porque a TV
é unidirecional, é broadcast, e você
não temcomomedir.Mashoje, além
de fazer esse
flight
de TV, pego esse
mesmo comercial e o coloco na
homepage doYouTube (isso aqui é
mídia), e faço também o chamado
brand channel
.Assim, ao colocá-lo
na home do YouTube, as pessoas
podem vê-lo e, sabendo que está
noYouTube,podemmandá-loumas
para as outras commais facilidade,
porqueoYouTubevirouum facilita-
dor de propagação de vídeo.
Gracioso–Háumporém:da
mesma forma que a propaga-
çãopode ser positiva, a garota
pode dizer para a amiga: “O
comercial da Sadia está certo,
essepresunto realmenteégos-
toso”, como ela também pode
dizer: “Comi eme fez mal”...
Pedro – Sem dúvida, a sociedade
estámais transparente. Do ponto de
vista técnico, tenhohojeacapacidade
de fazer a propagação tecnicamente
(no YouTube), a possibilidade de
construir amesmacampanhaemco-
munidadescomooFacebook,Orkut,
Twitter,eassimgeraremedirapropa-
gação,medir oquantoas pessoas es-
tão se falandoeenviandomensagens
umas às outras, trocandomensagens
entre si, medir essa audiência. Com
isso, obtenhoumefeitoamplificador.
Gracioso–Éesteoserviçoque
vocês prestam, normalmente?
1...,38,39,40,41,42,43,44,45,46,47 49,50,51,52,53,54,55,56,57,58,...124
Powered by FlippingBook