R e v i s t a d a E S P M –
setembro
/
outubro
de
2009
60
LeROI
est nu
¸
Fazer da sustentabilidadeumparâ-
metro de criação e planejamento
estratégico, não um ‘nice to have’
“caso dê”, mas um ‘must have’
quenosobrigueacriar alternativas
proveitosas e sustentáveis, geran-
dobenefíciopara as pessoas, para
o planeta e lucro para a empresa.
Buscando permear todos os elos
da cadeia de valor de uma marca
para que esta transpire este im-
portante conceito para o consu-
midor e o vivencie na prática - o
consumidor e a sustentabilidade,
faces damesmamoedanestenovo
cenário que se apresenta.
O consumidor aliás desperta
cada vez mais para a importân-
cia do tema e por mais que não
seja bem informado – o que é
cada vez mais raro –, começa a
desenvolver uma sensibilidade,
quando não uma desconfiança a
ser vencida, para com empresas
e suas ações positivas, tornando-
se assim um consumidor infiel e
volátil de acordo com preços e
oportunidades de condições.
Trabalhar a sustentabilidade é
trabalhar a fidelização, ao passo
que se zela também pela possi-
bilidade de existência, a longo
prazo, desta relação.
Quando o consumidor entende
que a marca está lutando não so-
mente por ela, mas por ele e pelo
que possibilita ambos a continua-
rem, elepassaadefendê-lae, com
isto, ganha-se um ativo sem igual
para ela: uma voz independente e
com credibilidade viralizando as
ações damarca.
asvaiexplicar issonasempresas!
Olham com desdém e quando
não o fazem, acham que é ‘sair fa-
zendo’ ou contratam ‘gente jovem
queentendedessenegócio’.Mashá
belas exceções e o pessoal da Riot,
por exemplo, é umdeles.
Conceitualmente, acredito que o
erro esteja na não mudança do
paradigma. As empresas entram
querendo impor, falarenãocompor
e ouvir.
"Vamos fazer uma comunidade!"
Em vez de dar força àquilo que
emerge do ‘povo e para o povo’,
inserindo-se nisto em um contexto
de relevância.
Vejo as mídias sociais também
sendo subaproveitadas em seu
potencial de gerar dados de P&D:
você só precisa disponibilizar os
elementos edeixar queofluxo siga
naturalmente–mas isto,paraasem-
presas, éomaisdifícil: ainda sevive
o regimedo ‘controle total’,oquena
web2.0muda radicalmentede face.
Você não controlamais; dialoga e,
nodiálogo, busca conduzir.
Neste sentido não é mais tão ime-
diato (a conduçãododiálogo),mas
com certeza mais sustentável e a
longo prazo.
Sustentabilidadedeveprincipiar no
conceito, na gêneseda ideia e criar
}
Muitas empresas virama rede social como
modae simplesmenteacolocamem seu site,
semnenhumapesquisaouplanejamentopara
isso, tornando-seconstrangedoraspaisagens,
sendo subutilizadas e, pormuito, explorando
aparticipaçãodosoutroramarginalizados
consumidores –agora inclusos ecomvoz–
comvistas à simplória reduçãodecustos (de
produçãoedivulgação), quandoopotencial
édeverdadeira transformaçãoda realidade
pelaunião instituição-cidadão, oumelhor,
marca-consumidor.
~
Sustentabilidade
sociais
nasredes
M