R E V I S T A D A E S P M –
MAIO
/
JUNHO
DE
2006
Sum
ário
EXECUTIVO
AMUDANÇA NA ESTRATÉGIA
INTERNACIONAL DA MARCO-
POLO – EFEITO DO CÂMBIO
OUDA GLOBALIZAÇÃO?
EVA STAL
pág. 16
A Marcopolo é uma empresa ino-
vadora em produtos e processos de
fabricação, que alcançou projeção
internacional como fornecimentode
carrocerias de ônibus adaptadas às
mais diferentes exigências dos clien-
tes. Ela exporta seus produtos para
mais de 80 países, em dois forma-
tos: as carrocerias são totalmente
(CKD) ou parcialmente desmontadas
(PKD ou SKD), e posteriormente
finalizadas nos países de destino.
A forma escolhida depende dos im-
postos incidentes e das exigências
dos países importadores quanto à
produção local dos componentes.
Atualmente, ela precisa redefinir a
sua estratégia internacional, pois,
como tantas outras firmas exporta-
doras brasileiras, se sente prejudi-
cada pela valorização do real, que
desafiou seumodelo consagrado de
fabricação e vendas. Buscar fornece-
dores globais é uma das alternativas,
reduzindo a produção no Brasil. O
artigo acompanha a trajetória da
Marcopolo desde a sua fundação,
mostra o sucesso alcançado no
mercado externo e descreve o atual
contexto econômico brasileiro e
mundial, em que a nova estratégia
está sendo definida.
GERÊNCIA INTERCULTURAL
LÍVIA BARBOSA
pág. 30
De 1970 ao final da década de 1980,
a noção de cultura organizacional
como instrumento de ação gerencial
configurou-se como o grande tema.
De 1990 ao início do século XXI, a
cultura foi reconhecida como capital
intangível e diferencial competitivo
das organizações. Quando uma em-
presa se estabelece em outros países,
as possibilidades que estas novas
oportunidades apresentamestãocom-
binadas aos riscos e custos inerentes
a ambientes desconhecidos.
A autora apresenta os dados da
análise de uma pesquisa entre
executivos de diferentes empresas
e nacionalidades, no final do ano
de 2006 e início de 2007, sobre
algumas dimensões, dilemas e
identidades oriundos da gerência
intercultural.
Os depoimentos permitem consta-
tar a importância dos mecanismos
atuantes, quando falamos sobre
“nós” e os “outros”. Osmecanismos
são reveladores mais de nós mes-
mos do que dos outros; e a melhor
forma de se apreender o outro talvez
não seja pela explicitação das suas
especificidades, mas pela via do
entendimento dos mecanismos de
construção das identidades.
BRIC
S
E O RETORNO
DO CAPITALISMODE ESTADO
VLADIMIR SAFATLE
pág. 36
Este artigo visa discutir a possibilidade
deque a ascensãodos BRICs no cenário
econômico internacional impliqueemum
retorno do que a teoria social chama de
“capitalismo de estado”. Contrariando a
tendência liberal, hegemônica nos anos
80 e 90, de reforma do Estado, os BRICs
sãopaíses que conservaramopapel ger-
encialdoestadonaeconomia. Isto talvez
apenas demonstre como o capitalismo é
capazdeconvivermuitobemcomvagas
estatizantes e liberais, jáqueestes seriam
doismomentosdeumúnicoprocessode
desenvolvimento.
GERDAU –AQUISIÇÕESNO EX-
TERIOR COMO RESPOSTA AO
ESGOTAMENTO DO MODELO
NOMERCADO INTERNO
EVA STAL/
MARCOS AMATUCCI
pág. 46
Detentora de uma fórmula vencedo-
ra – a excelência em gestão de
mini-
mills
–, a Gerdau cresceu no Brasil
através de aquisição e recuperação
de plantas de baixo desempenho,
recuperando-as e tornando-as efi-
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I
A D A E S P M –
SETEMBRO
/
OUTUBRO
DE
2007