Setembro_2007 - page 115

Orivaldo
O. Gallasso
M A I O
/
J U N H O
D E
2 0 0 6 –REVISTADAESPM
ES
PM
cientes. A empresa virou o século
exportando este modelo para insta-
lações no exterior. Este artigo exa-
mina o crescimento internacional
da Gerdau à luz do modelo teórico
de Stephen Hymer, um dos primei-
ros teóricos da internacionalização,
que explicou com um mínimo de
fatores as vantagens competitivas
que uma empresa aufere ao exercer
a propriedade de ativos no exterior.
As duas empresas de capital aberto
da Gerdau no Brasil – Metalúrgica
Gerdau S.A. e Gerdau S.A. – foram
selecionadas em novembro de 2006
para compor a carteira do ISE - Ín-
dice de Sustentabilidade Empresarial
da Bovespa. A necessidade de se
realizar o investimento direto no
exterior é intrínseca a esta lógica de
apropriação de retornos referentes
a competências da Gerdau: pois a
aquisição e revitalização de plantas
fazem parte desta competência.
COMPETITIVIDADE
BRASIL: UMA ANÁLISE
FACE ÀS NAÇÕES BRIC
S
ALEXANDRE
LACERDA LANDIM
pág. 70
O estudo está embasado no conceito
de “competitividade das nações”,
que traz por substrato a definição
de prosperidade como integração
multifatorial em grande escala,
envolvendo economia, política,
sociedade, meio ambiente, insti-
tuições públicas, performance da
classe empresária, capacidade de
inovação dos meios científicos e
cultura. Tal abordagem revelou,
especificamente com relação à
estrutura econômica brasileira,
sérias assimetrias que limitam as
possibilidades de crescimento do
país e dificultam a ascensão de
suas empresas no cenáriomundial.
Identifica-se uma dicotomia entre
o papel tíbio ou ineficaz dos entes
públicos, que não conseguem
qualificar a gestão institucional,
e uma notável capacidade empre-
sarial para desenvolver processos
sofisticados e inovadores e gerar
resultados positivos.
CHURRASCO À
MODA DE UPPSALA
FREDERICOTUROLLA
MARCOS AMATUCCI
pág. 98
O grupo brasileiro JBS assumiu a
liderança do mercado mundial de
carnes com a aquisição do Swift.
Este artigo apresenta elementos da
trajetória de internacionalização
da JBS e propõe um elemento que
pode contribuir para a explicação
dessa estratégia bem-sucedida, com
base nas avaliações da escola sueca
de Uppsala. Esta escola propõe um
processo de internacionalização
gradual que, no caso do Friboi e de
outras empresas brasileiras, contou
com uma forte pressão do ambiente
de negócios: o conjunto represen-
tado pela liberalização comercial
e a apreciação cambial nos anos
noventa. O artigo avalia também a
possibilidade de outras explicações
para a internacionalizaçãodo grupo,
e avalia o papel desempenhado por
políticas públicas como a oferta de
financiamento pelo BNDES.
O PARADIGMA DA
COMPETITIVIDADEBRASILEIRA:
ABERTURA, CRESCIMENTO
E CONTESTABILIDADE
MÁRIOMARCONINI
pág. 106
Quando comparado a seus vizi-
nhos, o Brasil talvez não esteja
tão mal como muitos brasilei-
ros pensam. No entanto, seu
crescimento econômico tem sido
modesto. Mas a internacionali-
zação da economia continua e o
comércio exterior se torna cada
vez mais crucial. O país está
avançando, ainda que mais len-
tamente do que o possível.
O custo de não se aproveitar ao
máximo as oportunidades que se
apresentam neste período de cresci-
mento e prosperidade mundiais
talvez seja o elemento mais impor-
tante da situação atual.
Mas há um consenso crescente sobre
o que se deve fazer para que oBrasil
satisfaça seu enorme potencial.Amá
notícia é que o país não parece estar
em posição de mobilizar a vontade
política necessária para que isto
ocorra no curto ou médio prazo.
No Brasil vivemos ainda o princí-
pio de que “o ótimo é o inimigo do
bom”. A complacência e “
gioia de
far niente
” (alegria de nada fazer)
implícitas neste ditado são preo-
cupantes apesar de nos fazer um dos
povos mais simpáticos do mundo.
Porém, o jogo da competitividade
e da inserção internacional requer
mais do que isto.
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