Sustentabilidade_Janeiro_2010 - page 52

Entrevista
¸
R E V I S T A D A E S P M –
janeiro
/
fevereiro
de
2010
52
}
A equipe toda estava bem preparada
para desempenhar as suas funções.
~
vida e amplificar o mercado.
À resposta que a Escola deu a
este chamado naquele ano de
1951, um pouco romântica,
(o MASP), começaram a se
reunir aqueles profissionais...
Eles até usaram um
slogan
que era como uma verdadeira
desculpa: “aprenda com quem
faz”. Era meio desculpa, por­
que ninguém era professor e
ficavam inseguros: “Mas como
os alunos vão nos receber”?
“Mas tinham certeza de que
através do bom exemplo eles
iriam aprender”. São 60 anos
e, se Deus quiser, até o ano de
2011 teremos várias ocasiões
para rememorar isso e até pu­
blicar um livro com a história
da Escola. Sobre o futuro,
queria acrescentar ao que
vocês já disseram; algo que
foi dito numa aula inaugural
da ESPM-Rio, recentemente,
pelo Ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso a quem já
enderecei um convite para
que venha falar com os nossos
professores, para aprofundar
um pouco mais esse tema. O
presidente Fernando Henrique
é professor – como vocês sa­
bem, tem uma bela carreira
acadêmica. Na aula do Rio,
ele alertava para o fato de que
– entre as deficiências graves
para o Brasil tornar-se uma
grande potência – conside­
rava o ensino superior como
uma das mais sérias. Acho
que devemos ouvi-lo, espe­
cialmente por considerar que,
para nós, nesse momento, em
termos de futuro, em termos de
desafio, o maior talvez seja o
de continuar sendo uma escola
de vanguarda e que possamos
– nos próximos cinco anos – de
fato, ensinar aos jovens que nos
procuram, aquelas habilidades,
e lhes fornecer os instrumentos
para que possam ser bem-
sucedidos profissionalmente e
contribuir para essa sociedade
que ninguém sabe muito bem
como vai ser, mas que está cla­
ramente se formando e que será
melhor do que a atual.
FERRENTINI – A Escola acom­
panha o dia a dia da socie­
dade e é a partir do dia a dia,
que vamos aprender a seguir
esse caminho com a mesma
perfeição com que a Escola já o
fez em quase 60 anos de vida.
GRACIOSO – Uma vez con-
tei a história da Matsushi-
ta, empresa japonesa que
tem um plano estratégico
de 250 anos e dizem: “Nós
não sabemos quem serão os
consumidores daMatsushita
daqui a 250 anos, não sabe-
mos o que eles vão precisar,
mas de uma coisa estamos
certos: seremos capazes de
atendê-los”. Acho que nossa
Escola deve pensar da mes-
ma maneira, José Roberto.
JRWP – Gracioso, lembre-se
de que não somos japoneses.
Mas acho que, se conseguir­
mos vislumbrar uma parte dos
próximos 60 anos já estará de
bom tamanho...
FERRENTINI – É como cons­
truir um edifício, tijolo por
tijolo; não adianta querer, de
repente, descobrir o futuro
daqui a 60 anos sem desco­
brir o dia de amanhã ou até o
final do dia de hoje, mesmo.
Se tivermos um compromisso
com o futuro – como temos e
como a Escola sempre teve –,
esse futuro é a partir de agora;
não é o futuro daqui a 60 anos
– nós vamos chegar lá – mas
é a partir de hoje.
GRACIOSO – Vocês têm ra-
zão. José Roberto, como você
imagina que serão os seus
dez primeiros meses à frente
da Escola?
JRWP – Essa é fácil, pensei
que você iria perguntar o que
a Escola vai fazer nos pró­
ximos cinco anos; mas dez
meses está de bom tamanho.
Quando fiz minha apresenta­
ção ao Conselho Deliberativo
da Escola, disse que t inha
sorte – pois, se de um lado
foi um infortúnio perdemos
o nosso l íder, inesperada­
mente – tive a boa fortuna
de receber a escola de dois
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