Sustentabilidade_Janeiro_2010 - page 51

Armando
Ferrentini
e J. Roberto
Whitaker Penteado
janeiro
/
fevereiro
de
2010 – R E V I S T A D A E S P M
51
î
}
Vamos reforçar nossa presença
em SP, noRio e em PortoAlegre.
~
imaginar o futuro. Tenho
quase certeza – claro que é
uma aposta no infinito – que
os pioneiros, se consultados
hoje, diriam que não acredi­
tavam que a Escola pudesse
chegar onde chegou. Para eles
seria uma enorme surpresa,
vir nos visitar e constatar o
que é a Escola hoje. Não só
em São Paulo, mas no Rio de
Janeiro e no Rio Grande do
Sul. Muito provavelmente isso
não estava nos sonhos desses
pioneiros, em 1951, a ideia
dessa expansão territorial e
da quantidade de alunos – 11
mil no Brasil inteiro – e tere­
mos mais daqui para frente.
GRACIOSO – Armando, es-
pero que mesmo nós não
sejamos capazes de imaginar,
nestemomento, onde a Esco-
la poderá chegar no futuro.
JRWP – Já que vocês falaram
do passado, antes de dar esse
pulo ao futuro, eu gostaria de
lembrar, também, algo que se
passou não aqui, neste prédio
ainda novo, mas há 30 anos,
na Rua Rui Barbosa, em que
estávamos, os três, com uma
quarta pessoa, que, hoje, dá
o nome a este prédio: Otto
Scherb. Naquele momento,
o Otto era o presidente da
diretoria executiva, o Gra­
cioso era o Presidente do
Conselho, Armando era con­
selheiro, e eu era o diretor
da escola do Rio de Janeiro.
Acho significativo estarmos
aqui conversando, 30 anos
depois. E, felizmente, hoje a
Escola tem muito, mas muito
mais pessoas além de nós três:
centenas de funcionár ios,
diretores, chefes de áreas e
de depar tamentos, mui tos
são jovens profissionais, em
meio de carreira... Essa casa
atraiu muita gente boa e entu­
siasmada. E também olhando
para o futuro, gosto de dizer
que nossa Escola nasceu de
um gesto de responsabilidade
social. Imaginem que nenhum
dos profissionais que decidi­
ram fundar uma escola, em
1951, era professor; havia
publ ici tários, pessoas que
trabalhavam no que, naquele
tempo, nem se chamava mar­
keting – psicólogos, sociólo­
gos, profissionais dos anun­
ciantes, dos veículos, dos
Diários Associados, e essas
pessoas estavam respondendo
a um chamado da sociedade,
pois não havia escolas para for­
mar publicitários, profissionais
de marketing ou profissionais
de mídia. É claro que a grande
profissão já era a propaganda...
FERRENTINI – Nummomento,
José Roberto, de explosão do
pós-guerra, é importante con­
textualizar.
JRWP – Exatamente, dos anos 50.
GRACIOSO – Estava surgin-
do o mercado de consumo.
É importante observar isso,
porque estamos, neste mo-
mento, diante de uma situa-
ção parecida, quando surge
um novomercado de consu-
mo no Brasil – sabemos dis-
so – milhões de brasileiros
estão sendo integrados.
JRWP – Claro, integrados à so­
ciedade de consumo naquilo
que ela tem de positivo. Há
pessoas que usam a expres­
são “sociedade de consumo”
como crítica, para designar
algo perverso. Mas no Brasil,
até muito recentemente, havia
pessoas que não tinham con­
dições de consumir, sequer, o
essencial; nós estamos cum­
prindo com essa responsabi­
lidade social de integrar pes­
soas ao consumo e não apenas
à Escola, mas todos os bra­
sileiros que trabalham para
melhorar suas condições de
}
...é o “lucrodo bem”, dinheiro que
será reinvestido na Escola.
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