ampla circulação dessas publicações em território brasileiro. Com
grandealcancegeográfico, atingiamáreas remotas, ondeacabavam
por substituir, informalmente, aorientaçãomédica, dadaaausência
local de profissionais de saúde.
Um dos mais antigos desses compêndios foi o
Almanak do Dr.
Ayer
, distribuído desde 1869 em farmácias em todas as províncias.
Frente a tão imenso e insalubre país, foram-se sucedendo as
iniciativasdefarmacêuticose laboratórios, tornandotaispublicações
imensamente populares:
Almanach Hahnemanniano
, de 1876, do
Laboratorio Homeopathico Araujo Penna
;
Almanaque Silveira
, do
Rio de Janeiro, que circulou desde 1877, ininterruptamente, até a
década de 1950;
Almanack da Flora Brazileira
, do farmacêutico
EugenioMarquesdeHollanda,apartirde1881;
PharoldaMedicina
,
lançado em1887, com tiragem inicial de 100mil exemplares.
Atéo surgimentodos almanaques farmacêuticos, os espaços de
publicidade eram comercializados, já que constituíam importante
fonte de receita da publicação. A partir do
Almanak do Dr. Ayer
,
tanto em publicações congêneres farmacêuticas quanto de outros
segmentos comerciais, a publicidade passou a ser exclusiva das
marcas da própria empresa.
Como séculoXX, aindaqueadiversidadede títulos se reduzisse,
os almanaques alcançavam seu apogeu em termos de visibilidade,
projeção da marca e circulação. Entre estes, os de laboratórios
farmacêuticos tinham lugar especial:
Almanach d’a Saude da
Mulher
, em1906;
Almanack Bromil
, no iníciodo século;
Almanack
Capivarol
, em 1919; e
Almanaque do Biotonico (ou Almanaque
Fontoura)
, em 1920 – com a participação de Monteiro Lobato
(edição e ilustração), através de Jeca Tatu, criação do escritor e
personagem-símbolodessa publicação. Sua edição inicial foi de 50
mil exemplares.
De grande expressão foi também o
Almanaque Brazileiro
Garnier
, editado de 1903 a 1914. Mas, dentre todos, o
Almanak
Laemmert
teria destaquemuito especial.
Almanack daCorte doRio de Janeiro paraoanno de1811.
19