Em 1
o
de junho de 1808, o brasileiro Hyppolito José da Costa,
exilado em Londres, criava o
Correio Braziliense
, ou
Armazem
Litterario
,primeiro jornalbrasileiro.Eraaprimeirapublicação regular
livre de censura, em língua portuguesa. Editado mensalmente,
o jornal foi impresso ininterruptamente até dezembro de 1822,
sempre em Londres. Para chegar ao Brasil, os exemplares vinham
por navio, uma operação que demorava quase ummês.
O primeiro jornal impresso em solo brasileiro foi a
Gazeta do
Rio de Janeiro
, cuja primeira edição circulou em 10 de setembro
de 1808. Enquanto a
Gazeta
dava ênfase às notícias relacionadas
a reis e rainhas – afinal, o Rio era nada menos que a capital do
Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves –, o
Correio
dedicava-
se a atacar
“os defeitos da administração do Brazil”
, segundo
o criador do periódico. (O homônimo
Correio Braziliense
, jornal
hojeeditadoemBrasília, recebeuessenomeemhomenagema seu
histórico antecessor.)
Os anúncios eramproduzidos nas redações dos próprios jornais.
Classificados oferecendo (mas também procurando) produtos,
serviços e escravos eram predominantes. Por isso, até a década de
1820, tipicamentenão seobservavagrandediferençagráfica entre
os anúncios publicitários e as seções de conteúdo editorial.
Embora a liberdade de imprensa já estivesse garantida na
primeiraConstituiçãobrasileira, outorgadaporD. Pedro I em1824,
a censura à imprensa no Brasil terminou somente em 1827, ainda
no Primeiro Reinado.
De 1822 a 1840, proliferaram tipografias, panfletos e jornais no
país. Enquantoalguns jornaisprosperavame viviamdapublicidade,
outros, vinculados a partidos oumantidos pormilitantes, duravam
poucos meses. Entre os jornais cariocas da época do Império,
podem-se destacar a
Gazeta de Noticias
e
O Paiz
, os maiores
periódicos de então. Outras publicações de importância foram o
Diario de Noticias
, o
Correio do Povo
, a
Cidade do Rio
, o
Diario
doCommercio
, a
Tribuna Liberal
, o
Jornal doCommercio
, a
Busina
e a
Gazeta da Tarde
. Numa época em que a fotografia ainda era
cara e rara, os ilustradores tinham o inegável poder de construir o
imaginário visual da sociedade.
ACOMUNICAÇÃOCOMERCIALNOBRASIL
Anúncio do jornal
ABusina
, de 1865.
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