Maio_2008 - page 102

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R E V I S T A D A E S P M –
MAIO
/
JUNHO
DE
2008
A cabala e o
desenvolvimento de pessoal
Acabala o
desenvolvim nto de pessoal
soluções impossíveis. Pela evolução
científica muita coisa que estava
no
aparente do oculto
(fatos inex-
plicáveis)se transformouem
aparente
do aparente
. Aqui está ancorada a
maior partedas religiões, a sabedoria
que transcendeo racional.
O
Oculto doOculto
(Nem eu vejo,
ninguém vê) – Esta é a dimensão
não conseguimos fazer nenhuma
conexão direta com ela. Engloba o
inconsciente coletivo, os instintos
maisprimitivos, realidades reveladas
nos transes, nas alucinações, nos
sonhos, na meditação. Pode ser
definido como o ápice do desen-
volvimento humano, o alcance da
luz, de Deus, do potencial pleno.
Por outro lado, é a escuridão que
impedeumautoconhecimentomais
profundo. Estarmais próximodessa
dimensão demanda um discerni-
mento especial, sabedoria superior,
um compromisso irrevogável com
a humanidade, uma capacidade de
ser (relativamente) livredosapelosda
vida material. É onde reside a cen-
telha divina. Ponto onde o homem
se fundecomseuDeus interno,onde
pouquíssimas pessoas conseguem
penetrar.Aquelesquepenetramnesta
esfera despreparados criam uma
in-
tuiçãomágica
baseadana ilusão, na
magia ena fantasia.
OSOUTROS
JANELADE JOHARI EATRADIÇÃO JUDAICA
EU
O
AparentedoOculto
(Eupossover,mas
asdemaispessoasnão)
O
Oculto do Oculto
(Nem eu vejo,
ninguém vê)
mais difícil de ser penetrada. Uma
áreaondeninguém tem fácilacesso.
Não possui elementos do aparente.
Demanda um mergulho profundo
no autoconhecimento. Apesar de
ter impactonanossamaneirade ser,
הלבק
OCULTO
DOAPARENTE
O que as pessoas vêem
sobre mim, mas eu não
consigo ver
APARENTE
DOOCULTO
Oqueeuvejo sobremim,
mas as demais pessoas
não conseguem ver
OCULTO
DOOCULTO
O que nem eu nem as de-
mais pessoas conseguem
ver sobremim
APARENTE
DOAPARENTE
O que eu vejo e as demais
pessoas vêem sobremim
mente oculto. Apenas não se tem a
capacidadedever oaparentecom-
pletamente.Demandadesarmar os
sentidos e as maneiras preferidas
de ver o mundo. Focar tanto nas
diferenças comonas semelhanças.
Aprender com o erro, transcender
o óbvio. Desenvolver a
intuição
educada
, istoé, oprocessomental
que amplia a sensibilidade, cons-
truída por experiências concretas
e de boa qualidade.
O
AparentedoOculto
(Eupossover,
mas as demais pessoas não) – Esta
dimensãoaindaestádentroda rea-
lidade percebível. Consegue-se ver
o fenômeno, mas não se consegue
extrairrazõesouprincípiosemrelação
a ele. Do ponto de vista pessoal, o
comportamento é visível, mas as
reais motivações e angústias que o
justificam,não.Aquiascoisasnãosão
claras.Éummundodesubjetividades,
desonhose fantasiasquesemesclam.
Somoscapazesdesentir,de intuir,mas
não de afirmar, delinear e distinguir.
Desbravar esta dimensão leva ao
surpreendente e ao inesperado. Aqui
se criam os dogmas para explicar o
inexplicável.O
aparente
estánonível
consciente,o
oculto
,no inconsciente.
Vejo,masnãoexplico.Daculturaaqui
se alojam verdades compartilhadas,
baseadasem regrasnãoescritaseque
perderam, no tempo, as suas origens
eporquês. Éocampodomilagre,das
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