Setembro_2007 - page 69

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SETEMBRO
/
OUTUBRO
DE
2007 – R E V I S T A D A E S P M
Alexandre
Lacerda da Landim
BIBLIOGRAFIA
De qualquer modo, mesmo com
pilares básicos mal construídos,
o país conseguiu dar forma a
pilares do nível superior (pilares
propulsores da eficiência), os
quais apresentam, inclusive,
melhor desempenho: 4,2 para
educação superior e treina-
mento; 4,1 para eficiência de
mercado e 3,5 para prontidão
tecnológica (GCR 2006-2007).
Por fim, e paradoxalmente, o país
alcança seus melhores resultados
justamente no nível mais alto de
desenvolvimento, nos pilares de
inovação, que têm como notas 4,6
para sofisticação dos negócios e
3,6 para inovação (GCR 2006-
2007). Em parte, demonstra-se
aqui opapel da iniciativaprivada,
que consegue atuar de forma con-
tundente no país ao passo que os
governos vacilam em resolver os
problemas de base.
DESAFIOS PARAOBRASIL
A análise realizada durante todo
esteestudo,baseadanoconceitode
“competitividade das nações”, traz
por substrato a definição de pros-
peridadecomo integraçãomultifato-
rial em grande escala, envolvendo
economia,política, sociedade,meio
ambiente, instituições públicas,
performance
da classe empresária,
capacidade de inovação dosmeios
científicos e cultura.
Tal abordagem revelou, especifi-
camente com relação à estrutura
econômica brasileira, sérias assime-
triasque limitamaspossibilidadesde
crescimento do país e dificultam a
ascensãodesuasempresasnocenário
mundial. Percebe-se que os funda-
mentos socioeconômicos e políticos
apresentam lacunas importantes, que
deixam a descoberto setores como
a qualificação profissional, a gestão
ALEXANDRE LACERDA
LANDIM
Master in International Manage-
ment – FGV (com foco emmercados
emergentes), MBAManagement FGV,
Advogado (UniversidadedeFortaleza),
Arquiteto e Urbanista (Universidade
Federal doCeará).
COLABORADOR:
Alexandre Jacó
GOLDMAN SACHS
.
Dreaming with BRICs:
the path to 2050. Global Economics Paper,
n
o
99, 2003.
LOPEZ-CLAROS
, Augusto;
PORTER
, Michael
E.;
SLA-I-MARTIN
, Xavier; SCHWAB, Klaus.
The Global Competitiveness Report 2006-
2007: Creating an Improved Business Envi-
ronment. Genebra:World Economic Forum
and PalgraveMacmillan.
INTERNATIONAL INSTITUTE FORMANAGE-
MENTDEVELOPMENT
– IMD.WorldCompeti-
tivenessYearbook 2007. Lausane: IMD, 2007.
ES
PM
pública e a regulação das atividades
produtivas.Poroutro lado, foipossível
aopaísalcançaraltosníveisdedesen-
volvimento em várias áreas, a partir
da atuação de agentes privados que
conseguemfazerfrenteaumambiente
denegócios temerário.
Nesteponto formaliza-seumadicoto-
miaentreopapel tíbioou ineficazdos
entes públicos, que não conseguem
qualificaragestão institucional,euma
notável capacidade empresarial para
desenvolver processos sofisticados e
inovadores e gerar resultados posi-
tivos. Faz-se urgente o reparo desse
desequilíbrio, com vistas à partici-
pação eqüitativa de todos os setores
da sociedadenodesenvolvimentodo
potencial competitivobrasileiro.
Percebe-sequeos fundamentos socioeconômicos epolíticos apresentam lacunas importantes.
Foto: LuisBrito
Alexandre
Lacer
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