Janeiro_2005 - page 27

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REV I STA DA ESPM–
J A N E I RO
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F E V E R E I RO
D E
2005
Negóciodo
LuxonoRiode Janeiro
dres. Já há filas de espera para a
coleção da quinta maior marca da
moda nomundo. As vendas no Rio
superaramas expectativas daDiesel,
disposta a diversificar as operações
nopaís.Em2005,aempresavaiabrir
o hotel da marca, Pelican, em São
Paulo. Será o segundo da rede; que
mantém seu único empreendimento
semelhante emMiami.
Outros investimentos estão próxi-
mos de se concretizar. Represen-
tante da líder mundial em cosmé-
ticos, Isabel Branco, diretora supe-
rintendente da L’Oréal, Divisão de
Produtos de Luxo, anunciou que a
marcaprocuraum localnoRiopara
abrir uma de suas “catedrais”. A
joalheriaTiffany’s e aChristianDior
também planejam a abertura de
lojas. Os novos negócios sãomoti-
vados pelo perfil do consumidor
brasileiro – um entusiasta nas com-
pras, muito exigente quanto ao
atendimento. Além dos anúncios
de expansão, os representantes das
grifes de luxo discutiram o valor e
os caminhos traçados na busca do
fortalecimento das marcas.
Única marca nacional incluída no
guia oficial do luxo na França, a
joalheria H. Stern, foi representada
pelo seudiretor decriação, Roberto
Stern. Para a grife, genuinamente
brasileira e carioca, o sucesso do
design
das jóias está no trabalhode
equipe. As criações têm a cara da
marca, que dispensa nomes famo-
sos. Sem fórmulas prontas, Stern
mostrou algumas linhas de ação se-
guidas pela joalheria, que valoriza
o novo sem esquecer o passado e
investindo pesado em campanhas
publicitárias inovadoras.
A marca caiu no gosto de cele-
bridades como Angelina Jolie, Ca-
therineZeta Jones ou ElizabethTay-
lor. As atrizes procuraram a grife
sem que houvesse negociação ou
plano de divulgação previamente
traçado. De acordo com Stern, há
uma trocade interessesquandouma
musa do cinema procura uma jóia
para ir à cerimônia do Oscar. Suas
fotos com colares, brincos, anéis e
pulseiras são tão difundidas, que
elas não voltam ausá-los emoutras
ocasiões. Responsável pela reno-
vação e mudança de imagem da
marca criada por seu pai, Roberto
Stern acredita que, bom gosto se
aprende eque, a renovaçãoperma-
nente é a única forma de umamar-
ca não morrer com o cliente.
Amáxima de buscar inspiração no
Brasil sem criar caricatura, sem fa-
zer produtos folclóricos, é seguida
à risca pela empresa. Projetos
especiais comos irmãosCampana,
designers
de móveis, internacio-
nalmente reconhecidos, que criam
a partir de materiais não nobres,
são alguns exemplos deousadiada
H. Stern. A grife desenvolveu li-
nhas em parceria com o músico
Carlinhos Brown e com a especia-
lista emmoda Costanza Pascolato,
e está sempre presente em feiras e
exposições internacionais. Segun-
do Roberto Stern, o Brasil está na
moda, mas é preciso transcendê-
la para sobreviver.
MAPEARO
DESCONHECIDO
Emummercadonovo, o focoprin-
cipal está em conhecer quem é o
consumidor e como ele se com-
porta.Diferentedamaioriadospaí-
ses, em que o turista internacional
movimenta as vendas, o negócio
do luxo no Brasil é quase total-
mente voltado para a clientela lo-
cal. Há cerca de oito anos, a que-
da abrupta das vendas provocada
pela crise da moeda do Japão,
origemdos turistas responsáveispor
70% do movimento das grifes de
luxo mundiais até então, não foi
Amarcacaiuno
gostodecele-
bridades como
AngelinaJolie,
CatherineZeta
JonesouElizabeth
Taylor.
Fotos: Corbis/Stockphotos
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