Maio_2008 - page 23

Francisco
Gracioso
resultaem tantosqueijos saborosos.
Pelo contrário, De Gaulle tentou
resolver o problema criando uma
bandeira, ou causa, capaz de pro-
vocar a unidade dos franceses em
torno dela e encontrou essa causa
no ressurgimento da França como
grande potênciamundial.
Nas estratégias geopolíticas, esta
unidade de pensamento e de ação
é indispensável. Nossos generais
sabiammuito bem disso e criaram
a mística do “Brasil Grande”, cor-
porificada nas vitórias da Copa
do Mundo de 1970. Infelizmente,
os governos democráticos que se
sucederamnãoconseguiramencon-
trar um substituto à altura.
Nas empresas o problema é se-
melhante. Qualquer equipe, inde-
pendente de seu tamanho, precisa
manter-se unida em tornode ideais
O general Charles De Gaulle
costumava queixar-se da impos-
sibilidade de governar um país
como a França, onde há 387 tipos
de queijos diferentes. Mas ele
nunca tentou atacar a pluralidade
cultural francesa
eobjetivos comuns a todos.
Istodeveserconseguidosem
prejuízo das diferenças que
existem entre as pessoas,
valiosas demais para serem
perdidas.Maisadiante,vere-
mos como é possível admi-
nistrar essas diferenças, em
equipes vencedoras, com
grande número de pessoas
criativas e individualistas.
As bandeiras ou causas, utilizadas
para obter a união, em torno de
objetivos comuns, têm muito a
ver com a cultura organizacional.
Cada empresa escolhe o seu
próprio caminho, conforme os
seus valores, crenças e normas de
conduta. Na figura 1 ilustramos
três exemplos de culturas organi-
zacionais capazes de provocar a
unidade da equipe, apesar das
DeGaulle tentou resolveroproblemacriandouma
bandeira, ou causa, capaz de provocar a unidade
dos franceses em torno dela e encontrou essa
causa no ressurgimento da França como grande
potênciamundial.
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2008 – R E V I S T A D A E S P M
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