Maio_2008 - page 114

R E V I S T A D A E S P M –
MAIO
/
JUNHO
DE
2008
Educação
Intercultural
114
lógica ilusóriadeque, ao lidar com
culturas estrangeiras, o executivo
já virá com essas habilidades “de
fábrica” – o que a realidade nos
mostra ser diferente. O que vemos
é um pensamento excludente que
busca compreender a diversidade
cultural por intermédiodenós eos
outros ou em termos mutuamente
exclusivos de homogeneidade/he-
terogeneidade, integração/desinte-
gração/unidade/diversidade.
Omedo ao estrangeiro não é uma
novidade atual. Baumann (2001)
menciona que existem os amigos
e inimigos e existem também os
estranhos. Dificilmente existe uma
anomaliamais anômala do que um
estranho, o estrangeiro. Ele se situa
entre o amigo e o inimigo, entre a
ordemeocaos,entreo igualeodife-
rente,entreanormaeaexceção.Ele
estáaliparanosdizerquem somose
quem não somos, numa linguagem
silenciosa e simbólica. Como con-
viver, portanto, com adiferença?
1.
Conhecereaprofundar-senasver-
tentes teóricas da Educação Intercul-
tural oudoTreinamento Intercultural;
2.
Investigar comportamentosden-
troda empresa que reflitam a aceita-
ção ou rejeição frente à diversidade
cultural (seja dentro da empresa ou
fora, comparceiros estrangeiros);
3.
Promover campanhas, panfle-
tos, formasdecomunicação interna
que reflitam a celebração da diver-
sidade cultural;
4.
Tratar de tornar os sujei-
tos mais próximos daquilo que
chamamdeestranhoouestrangei-
ro, pois quanto menos sabemos
de determinada pessoa ou grupo
de pessoas maior a tendência em
generalizá-la, categorizá-la ou
Confrontar-se com a diversidade cultural e perceber nela um valor, re-
quer aprendizagem. Cabe à empresa criar espaços e possibilidades para
odesenvolvimentodessa aprendizagem.Algumas pistas podem ser dadas
nessa direção:
Porém, oetnocentrismoeomedoaodesconhecidonos levaaagirnuma lógica ilusória
de que, ao lidar com culturas estrangeiras, o executivo já virá com essas habilidades
“de fábrica” – o que a realidade nosmostra ser diferente.
ZYGMUNTBAUMAN
Omedo ao estrangeiro não é uma novi-
dade atual. Baumann menciona que
existem os amigos e inimigos e existem
também os estranhos.
classificá-la em termos de precon-
ceito ou estereótipo;
5.
Questionar e analisar o próprio
modoeestilodevidacomosdemais,
percebendo suapessoal tendênciade
aproximaçãooudistanciamento;
6.
Procurar valorizar a diferença
e não estigmatizá-la, buscando, na
diferença, acomplementariedadee
não a exclusão;
7.
Promover encontros intercul-
turais, treinamentos, reuniões, fes-
tividades onde as diferentes com-
petências e habilidades possam
aparecer como constatação de que
a reunião do que há demelhor em
cadasujeitopromovea forçadeuma
equipemulticultural.
A construção de uma empresa
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