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REV I STA DA ESPM–
J A N E I RO
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F E V E R E I RO
D E
2005
Consumo
deAcesso
o cotidiano, que se comportam co-
mo legendas de pertencimento
ainda não codificadas, mas que
estão presentes em cada uma das
atividades humanas.
Hojemais do nunca, estilo e forma
penetraram no mundo individual
estabelecendo padrões de sobre-
vivênciaparaalémdosmecanismos
de troca de bens e mercadorias. A
desregulamentação da vida social,
em função de relações variáveis e
menosestruturadaspornormasestá-
veis, suscitou o surgimento de um
fluxo infinito de composições e jus-
taposições de comportamentos
desde o bizarro até o absolutamen-
teextraordinário, apartirdeuma lar-
ga escala de escolhas, como se
fosse um cardápio de diversas tipo-
logias decondutaa seremcombina-
das e re-combinadas, como se diz,
deacordocomo“gostodo freguês”.
Aospoucosaquiloque,nopassado,
se revelava como uma transição
meramente simbólica das merca-
dorias, da condição de utilidade
para o efeito do fetiche, sofre mi-
grações sucessivas para um estado
quase surreal de expressão, num
duplo sentido de alienação: libe-
ração e submissão.
Esseprocessocosturadopelas
trajetóriasdeconsumo, estrutura
edesestruturaa identidadedos
indivíduosnasgrandes
metrópoles; deum ladoporque,
diantedasmúltiplas
possibilidadesoferecidaspela
sociedadedemercadoesedi-
mentadonas relaçõesde troca
(simbólicasounão),estabelece
um sensodedireçãoparaas
pequenasescolhasdiárias...
Foto: Corbis/Stockphotos
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