Maio_1998 - page 41

"Os empresários não sabem dirigir o governo.
O governo não sabe dirigir as empresas".
(Margareth Thatcher - A " Dama de Ferro" que
comandou a prlvatizsção na Inglaterra).
ALEXANDRE GRACIOSO
asas de aquisições e fusão de empresas estão na ordem do dia em todo mundo, no
bojo das grandes transformações decorrentes da conjunção de vários fatores, dentre
osquaisa incrível velocidadecomque surgemeevoluemnovas tecnologias e
o
imenso
progresso nas áreas de processamento de dados e na das comunicações.
Estas formas de mudanças no controle das empresas somente terão sucesso se forem
bem definidas e executadas as ações que as novas controladoras deverão incorporar a
seus métodos de gestão.
No Brasil os casos de aquisições mais notáveis são representados pelas
privatizações de empresas estatais que ganharam impulso nesta década. Evidentemente
cada caso é um caso, comportando ações específicas em função das dimensões das
empresas envolvidas, de seus setores de atuação e da importância destes para todo
o
sistema produtivo do país. No entanto,
o
estudo de alguns casos particulares pode trazer
valiosa contribuição ao aperfeiçoamento de processos de gestão.
No casoespecíficodeprivatizações, duas culturas empresariaisse chocam frontalmente, e
da análise deste entre-choque surgem lições preciosas para estudiosos de administração de
empresas em geral e para os que enfrentam os problemas de gestão nas empresas recém
privatizadas, emparticular.
Aprivatização da FOSFÉRTIL, que até 1992 foi uma subsidiária da PETROBRÁS, é um
desses casos. Sua análise foi feita pelo Prof. Alexandre Gracioso no livro FOSFÉRTIL: OS
MIL DIAS DECISIVOS (publicação CEG - Centro de Estudos em Gestão, editado por TA.
QueirozEditor), aqui condensado.
A empresa, seu
mercado e sua
evolução
Como fimdo "milagre brasileiro"
durante os anos 70. o governo se viu
impossibilitado de continuar com as
importações em larga escala, uma vez
os países desenvolvidos haviam
aumentado em conjunto os preços dos
produtos industria li zados. Como
alternati va para o equi líbri o da
economia do país, foi e lei to o
desenvolvimento da agricultura, que
passou a ter a sua importância não
somente no aumento da oferta interna
de alimentos. mas, também, na criação
de excedentes exportáveis para a
geração de mais divisas que deveriam
auxi liar no controle das pressões
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